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A Maternidade Santa Isabel foi palco de um fenômeno bastante especial e raro. Logo após o nascimento do pequeno Ghaian, o seu irmão gêmeo Ghael veio ao mundo sem o rompimento, durante todo o trabalho de parto, da bolsa amniótica, que protege o bebê na gravidez. Para se ter uma ideia, estima-se que o chamado parto empelicado ocorra uma vez a cada 80 mil nascimentos.
O fato ocorreu na manhã desta quarta-feira (16). Se já não bastasse toda a alegria por conta do nascimento dos filhos, Natasha Gabriele Domingues da Silva, 24 anos, e Gustavo Augusto Rodrigues, 28 anos, ficaram ainda mais emocionados com o parto empelicado.
Natasha, inclusive, é enfermeira na própria Maternidade Santa Isabel. Mesmo acostumada com nascimentos todos os dias, a vinda de Ghael com a bolsa intacta a surpreendeu. "Fiquei muito emocionada e surpresa", conta a mãe, que passa bem, assim como os bebês.
PROTEÇÃO
A gestação de Ghaian e Ghael é o que a ciência chama de dicoriônica/diamniótica, ou seja, eles não são gêmeos idênticos e cada um tinha um cordão e uma bolsa. Por isso, somente o parto do segundo bebê foi empelicado.
Ana Marcia Alexandrino, médica intensivista diarista da UTI Neonatal da Maternidade Santa Isabel, explica que esse tipo de parto não traz quaisquer perigos, podendo conferir até mesmo proteção. "É um parto considerado raro e que é mais comum em cesáreas [como foi o caso do parto dos gêmeos Ghaian e Ghael], mas pode ocorrer em parto normal. Não tem qualquer risco para a mãe e nem para o bebê. Na verdade, pode até proteger a criança de alguma infecção da mãe", complementa.
A Maternidade Santa Isabel postou imagens do nascimento em suas redes sociais e destacou que, na crença popular, é dito que esses bebês terão muita sorte durante a vida. "Se os bem dizeres de sorte a quem nasce assim é verdade ou não, fica aqui nosso desejo de muita saúde pra essa família linda", concluiu a instituição, na postagem.
