Desaprovação do governo Lula cresce e maioria dos brasileiros não confia na gestão, aponta pesquisa Ipsos/Ipec
Levantamento realizado pela Ipsos/Ipec entre os dias 7 e 11 de março de 2025 revela um cenário desafiador para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (21), 41% da população classifica a administração federal como “ruim ou péssima”, enquanto 55% afirmam desaprovar a forma como o presidente está conduzindo o país.
Além disso, 58% dos entrevistados afirmam não confiar no chefe do Executivo. A pesquisa ainda aponta que as maiores críticas à gestão federal estão relacionadas ao combate à inflação, considerado negativo por 57% dos brasileiros. Outras áreas mal avaliadas incluem controle de gastos públicos (53%) e segurança pública (50%).
Cenário por áreas avaliadas
A área da educação recebeu a melhor avaliação entre os setores analisados: 36% consideram a atuação do governo como “ótima ou boa”. Já o enfrentamento da inflação foi o ponto mais criticado: apenas 17% o avaliaram positivamente, contra 57% que classificaram como ruim ou péssimo.
Veja como foi a avaliação por áreas:
Educação: 36% ótima/boa | 36% ruim/péssima
Combate à fome e pobreza: 27% ótima/boa | 47% ruim/péssima
Meio ambiente: 26% ótima/boa | 40% ruim/péssima
Desemprego: 25% ótima/boa | 46% ruim/péssima
Saúde: 25% ótima/boa | 46% ruim/péssima
Política externa: 25% ótima/boa | 40% ruim/péssima
Segurança pública: 24% ótima/boa | 50% ruim/péssima
Corte de gastos públicos: 19% ótima/boa | 53% ruim/péssima
Inflação: 17% ótima/boa | 57% ruim/péssima
Metodologia da pesquisa
A pesquisa foi feita presencialmente com 2.000 eleitores em 131 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Os dados mostram uma piora na percepção pública em relação ao combate à inflação em comparação com o levantamento anterior: a reprovação saltou de 47% para 57%, enquanto a avaliação positiva caiu de 21% para 17%.
Esse cenário indica um desgaste crescente do governo junto à opinião pública, especialmente em áreas sensíveis da economia e segurança.