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20/03/2021

A cada 4 vítimas fatais notificadas em março, uma estava à espera de UTI

Das 80 mortes por Covid-19 notificadas pela Prefeitura de Bauru em março, 20 foram de pacientes que estavam esperando uma vaga de internação. O índice representa cerca de 25%, ou seja, a cada quatro bauruenses que perderam a vida, um deles foi sem conseguir o devido acesso à UTI.

Nesta sexta-feira (19), foram divulgadas mais dez vítimas fatais e, para se ter uma ideia do tamanho do problema, sete delas eram de pessoas que não estavam internadas em unidades hospitalares do Estado (veja o perfil desses novos óbitos no quadro ao lado).

O levantamento total do mês de março foi feito pelo JC com base nos boletins epidemiológicos emitidos diariamente pelo Departamento de Saúde Coletiva de Bauru. Essas 20 pessoas que perderam a vida sem as vagas de UTI aparecem nesses informes como internadas em "serviço público". Isso, conforme o JC revelou em primeira mão e a prefeitura confirma, significa que o paciente seguia no 'mini hospital' - junção do PS Central e Posto de Atendimento da Covid (PAC) - ou nas UPAs da cidade, aguardando um leito de terapia intensiva.

LOTAÇÃO E FILA

As autoridades apontam que este é o pior momento de toda a pandemia. E a superlotação hospitalar é reflexo direto dessa realidade. Ontem, havia, novamente, 60 pacientes graves no Hospital Estadual (HE) de Bauru, que possui, de acordo com o governo estadual, 58 UTIs.

Há 24 dias, inclusive, a unidade não sabe o que é operar com índices de ocupação de leitos de terapia intensiva abaixo da casa dos 100%.

Enquanto isso, pessoas ficam no 'mini hospital' esperando uma vaga de internação. Segundo a prefeitura, havia, nesta sexta-feira, 25 pacientes com Covid na fila de espera, sendo que 10 eram por terapia intensiva. Entre esses casos graves, sete, inclusive, tinham decisão judicial favorável ordenando a internação e, mesmo assim, não conseguiam um leito de UTI (leia mais na página ao lado).

De acordo com o município, no 'mini hospital', os enfermos recebem todo o suporte, com acompanhamento médico, de enfermeiros, medicamentos e exames. Porém, a prefeitura assume que a estrutura não é tão completa como a de um leito hospitalar de terapia intensiva, que possui, por exemplo, um serviço de hemodiálise, caso necessário.



Fonte: JC Net
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