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30/06/2021

A precocidade faz parte da Medicina, dizem pneumologista e reumatologista

Assunto polêmico, o tratamento precoce para a Covid-19 é defendido por médicos de Bauru, como o pneumologista e intensivista José Eduardo Bergami Antunes e o reumatologista e ex-professor da Unesp Carlos Eduardo Cury. Nesse sentido, os profissionais sugerem o uso de alguns medicamentos para os pacientes que eles atendem nos seus respectivos consultórios na cidade.

"A precocidade faz parte da Medicina", reforça Antunes, justificando a afirmação. "Se uma pessoa começa a sentir dor no peito e chega rápido ao hospital, todo mundo sabe que a possibilidade de ela sair de lá com vida aumenta. Com o câncer, o pensamento é o mesmo. O diagnóstico e o tratamento precoces elevam a chance de os pacientes se curarem", argumenta.

Médico reumatologista, ex-professor de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e membro da Academia Brasileira de Reumatologia (ABR), Carlos Eduardo Cury também defende o tratamento precoce. "Boa parte dos portadores das enfermidades reumáticas - especialmente, aquelas autoimunes - tem maior predisposição para desenvolver doenças infecciosas e, portanto, se encaixa no grupo de risco para a Covid-19", completa.

Cury revela que utiliza a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina para o tratamento das doenças autoimunes há 51 anos. Segundo ele, a tempestade inflamatória que a Covid-19 provoca é bem semelhante à desse tipo de enfermidade.

LOGO NO COMEÇO

Antunes, que trabalha com a Covid-19 desde o início da pandemia, em março do ano passado, conta que o resultado do primeiro RT-PCR que ele pediu demorou 26 dias para chegar. "Agora, com a possibilidade de diagnosticar a doença rapidamente, nós também podemos atacá-la logo no começo para minimizar o estrago que o vírus faz", complementa.

Cury ressalva ainda que a comprovação científica não é algo absoluto. "A própria hidroxicloroquina começou a ser usada em doenças autoimunes depois que os pacientes com essas enfermidades receberam o medicamento para tratar a malária e melhoraram de todas as doenças", completa o reumatologista.

Para o pneumologista, houve uma politização em torno da hidroxicloroquina, mas essa briga só prejudica os pacientes. "Frente a algo desconhecido, como você fala em dados consolidados se não tem informações suficientes? Para enfrentar a Covid-19, você deve fazer uma analogia com outras doenças que já conhece. Nós precisamos discutir somente entre médicos, sem interferência leiga e de forma civilizada, para pacificar as diferenças de opiniões", reflete Antunes.

AUTOMEDICAÇÃO

Além disso, ambos os médicos condenam a automedicação. "A Covid-19 tem várias fases e cada uma delas exige um raciocínio de tratamento. A partir do momento em que o vírus entra no corpo humano, ele busca uma célula e se reproduz em progressão geométrica. Para evitar esse fenômeno, eu defendo o tratamento precoce, desde que haja acompanhamento médico", reitera Antunes.

O pneumologista também destaca que o uso associado de três drogas - hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina - do primeiro ao sexto dia de sintomas tem funcionado para boa parte dos seus pacientes. "Não dá certo em todos os casos, mas a Medicina não é exata. Se pensássemos dessa forma, ninguém mais faria quimioterapia ou radioterapia", defende.

DOSAGEM CERTA

Cury, por sua vez, frisa que os três medicamentos são baratos e seguros quando prescritos na dosagem certa. "Nós utilizamos o efeito anti-inflamatório da azitromicina há anos, assim como a hidroxicloroquina para a profilaxia da malária e das doenças reumáticas. Boa parte dos efeitos colaterais aparece com o uso crônico e, no caso da Covid-19, o tratamento dura poucos dias", observa.

Os dois profissionais reforçam, por fim, que apenas apresentam essa opção aos seus pacientes e a decisão de segui-la parte tão somente dos mesmos. 

 



Fonte: JC Net
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