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30/06/2025

Acusado de matar jovem amordaçado é preso e responde por homicídio qualificado

Justiça acolhe denúncia contra homem de 46 anos, acusado de matar Guilherme Silva por asfixia e abandonar o corpo amarrado em barraco na favela do Azaleias.

Marília (SP) — A brutalidade deu o tom: Guilherme de Souza Silva, de 26 anos, foi encontrado morto, com as mãos e pés amarrados e a boca vedada com esparadrapo, num barraco abandonado na favela do Parque das Azaleias. O crime ocorreu no início de junho, e o corpo já estava em decomposição quando foi localizado por policiais.

A investigação apontou para um homem de 46 anos, com extensa ficha criminal, reincidente e egresso do sistema prisional. Ele foi preso neste fim de semana pela Polícia Militar, após ser abordado na zona norte da cidade, no bairro Palmital. Contra ele, um mandado de prisão expedido pela 3ª Vara Criminal de Marília.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado submeteu a vítima a intenso sofrimento físico e psicológico antes de matá-la por esganadura. O laudo da perícia foi categórico: morte por asfixia. O MP reforça os agravantes de motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

A motivação? Ainda nebulosa. A família acredita que Guilherme foi morto por conta de uma quantia em dinheiro — cerca de R$ 800 — que havia recebido dias antes. Uma parte, segundo familiares, foi usada para comprar drogas. A outra, ele planejava guardar para comprar um celular. Nada disso foi encontrado com ele após o crime.

Descrito pelo pai como “uma criança de 26 anos”, Guilherme enfrentava desde a infância dificuldades cognitivas e emocionais, além de ser dependente químico. Realizava pequenos serviços para manter seu vício e não tinha, segundo a família, qualquer inimigo declarado.

A Promotoria pediu a prisão preventiva do acusado, justificando risco à ordem pública e à integridade da investigação. A Justiça acatou. A gravidade do crime , considerado hediondo , afasta qualquer possibilidade de medidas alternativas à prisão.

Mais uma vez, Marília estampa nas páginas policiais o retrato de uma tragédia social ignorada: miséria, abandono, dependência química e violência se encontram numa favela e produzem um desfecho previsível. Um jovem morto, uma família em luto e um sistema que falha antes, durante e depois.

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