De acordo com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos e 79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda.
Em Marília um grupo de psicólogos mantém uma frente de prevenção, atendendo quem não tem plano de saúde ou condições de assumir atendimentos particulares.
O Grupo de Prevenção ao Suicídio de Marília oferece atendimento psicológico individual e presencial, em sessões de 50 minutos. Para conseguir o acompanhamento basta passar por uma triagem social que tem sido feita por WhatsApp.
Há uma taxa simbólica para garantir o comprometimento em não faltar às sessões. Interessados devem ligar para o número 99789-0927. “Felizmente, a pandemia não teve efeito direto no aumento de óbitos por suicídio, mas tem causado grande impacto no adoecimento emocional, por diversas causas”, mencionou a coordenadora do Grupo, a psicóloga Luciana Handa.
Em Marília, o ano de 2021 já passou 2017, que teve 17 mortes por suicídio. Em 2018 foram outras 18 (como neste ano até o momento). Em 2019 houve aumento para 23. E no ano passado foram 20. E existe subnotificação (casos que não são confirmados ou registrados como suicídio).
O maior alerta está em pensamentos acerca da própria morte e, mais ainda, na tentativa prévia para cometer o ato contra si próprio. No entanto, de acordo com a psicóloga Luciana Handa, o conselho profissional é que as pessoas não esperem o sofrimento emocional avançar para buscar ajuda.
E a profissional mencionou que a pandemia trouxe sofrimentos adicionais, sendo uma época de risco em que buscar ajuda é fundamental. “As pessoas estão mais adoecidas emocionalmente por vários motivos, como isolamento social, distância maior de familiares, medo, perdas de pessoas amadas, perda de emprego, dificuldade financeira e incertezas”.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) também é uma ferramenta de prevenção do suicídio. O trabalho tem voluntários em Marília, mas ao ligar para 188 as pessoas poderão encontrar um ouvinte de qualquer parte do país e estarão protegidas pelo anonimato.
Na rede básica de Saúde, embora a oferta de atendimento seja menor que o ideal, há atendimento psicológico e encaminhamento para os Centros de Atenção Psicossocial.
fonte: JM
