O surto de gripe surpreendeu os laboratórios farmacêuticos, que não projetavam uma alta tão significativa na procura por medicamentos voltados a sintomas respiratórios. Junto, a aceleração da pandemia trouxe um impacto ainda maior.
A procura desmedida no balcão das drogarias por medicamentos utilizados no combate à gripe, Influenza, resfriados e Covid trouxe, como resultado, a escassez de alguns produtos.
Um representante farmacêutico de Marília comentou que os pedidos das drogarias chegam a ser dez vezes maiores. “Esses pedidos aumentaram em frequência e em quantidade. Não tem sido possível atender integralmente a todas as demandas, principalmente de xaropes para tosse, antialérgicos, antigripais, pastilhas para garganta e expectorantes”.
O empresário Alexsandro José Estraiotto Alves, proprietário de três drogarias em Marília, informou que o antibiótico amoxicilina suspensão, para crianças, já não tem estoque há 40 dias. “Esse item começou a faltar mais cedo nas distribuidoras, antes do Natal”.
Considerando as três drogarias de Alexsandro, a comercialização de nimesulida, anti-inflamatório muito comum em dores de garganta, saltou de 15 caixas ao dia, nessa época do ano, para 90.
Já a venda de antigripais passou de 20 caixas/dia para cem. “Os aumentos na procura são variáveis entre os medicamentos, mas partem de, no mínimo, 300%”, mencionou o empresário.
“Os laboratórios têm informado às distribuidoras que estão direcionando o foco da produção para esses itens e que a escassez deve ser resolvida em dez dias”, acrescentou.
Fonte:JM