Análise estadual de mortes por Covid tem Marília “comparável aos melhores do mundo” segundo pesquisador Carlos Alberto Guglielmi Eid

Cidade paulista de Marília tem 12,6 mortes a cada 100 mil habitantes por Covid-19. O município atribui a baixa taxa aos investimentos anteriores em Saúde, que permitiram a implantação de políticas eficientes contra a pandemia Enquanto o Brasil tem uma média de 59,7 mortes a cada 100 mil habitantes, o município de Marília, no interior de São paulo, tem apenas 12,6. O dado é da Abramet (Associação Brasileira de Medicina da Tráfego), que analisou as cidades paulistas com população entre 200 mil e 300 mil habitantes no início deste mês. Se analisar a taxa de letalidade, o Estado de São Paulo tem 3,7%, já a capital apresenta 4,4%, enquanto que Marília novamente se destaca: apenas 1,5%. Para o prefeito da cidade, Daniel Alonso, o número reflete os investimentos na Saúde anteriores à pandemia. “A cidade já tinha uma estrutura robusta quando o coronavírus chegou”, afirma Alonso. A atual gestão do município passou de 20% para 27% o orçamento destinado à área. A medida foi o principal fator para que Marília registrasse menos da metade do número de mortes em relação a Bauru, por exemplo, que fica em região próxima, do início da pandemia até a metade de Agosto, de acordo com dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos (Seade), que observa os números informados pelas secretarias municipais de saúde. A taxa de mortes por Covid-19 na região de Bauru ficou em 27 a cada 100 mil habitantes. A presidente do Conselho Municipal de Saúde (Comus), Tereza Machado, acredita que a atual gestão foi a que mais investiu na Saúde Pública. "Podemos garantir que essa gestão foi a que mais investiu em Saúde, tanto na parte estrutural quanto na parte funcional, com a contratação de vários profissionais por meio de concursos públicos", afirmou. Ao longo da pandemia o Governo de São Paulo enviou mais de 3,5 mil respiradores para os municípios paulistas, entre os quais, Marília. Entretanto, somente os equipamentos não foram o diferencial no combate ao novo coronavírus. A gestão municipal destaca que investimentos anteriores formaram a base.