Após quase um ano, aulas na rede municipal voltam com baixo impacto da greve sanitária

Após quase um ano sem atividades presenciais, a rede municipal de ensino de Bauru, que tem mais de 23 mil estudantes, retomou as aulas com ensino híbrido nesta segunda-feira (1). Segundo a prefeitura, 90 unidades voltaram a receber alunos de forma escalonada - com a presença de 25% das crianças por dia. Inclusive, a greve sanitária anunciada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm) apresentou baixa adesão de professores e funcionários e não impactou de forma expressiva na retomada.

De acordo com o Executivo, foram registradas 20 ausências de servidores, sendo 15 professores - 11 do ensino fundamental e quatro do infantil - e cinco profissionais de apoio - um do fundamental e quatro do infantil. Mesmo assim, todas as unidades aptas funcionaram normalmente, com o uso obrigatório de máscara por todos e face shield a servidores, disponibilização de totens com álcool em gel, reforço da higienização dos espaços e demarcação na parte externa para que pais e alunos mantenham o distanciamento na entrada e saída dos estudantes.

A reportagem conversou com alguns pais que buscavam seus filhos na Emei Rosangela Vieira Martins de Carvalho, no Jardim Marabá. Eles avaliaram positivamente o retorno. "Acredito que vai ser bom para as crianças. Minha filha, por exemplo, não estava empenhada com as atividades online. Mas, agora, mesmo vindo apenas uma vez na semana, vai ter mais vontade de aprender", avalia Simone Canato, de 33 anos, mãe da Isabelle Canato, de 4 anos.

SINDICATO

Para a diretora do Sinserm, Melissa Lamonica, a expectativa é que a adesão à greve aumente no decorrer da semana. "Percebemos que os servidores quiseram ir e sentir as condições das escolas. Mas, ao longo do dia, recebi várias avaliações de que não há segurança suficiente para o retorno e que, a partir de amanhã (hoje), mais pessoas vão aderir à greve", relata.

Lamonica ainda ressalta que a greve sanitária é uma forma de proteção para aqueles que ainda não sentem que o retorno é seguro e, em caso de ampla adesão, os alunos seguiriam tendo aulas virtuais.