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21/03/2021

'As pessoas ainda subestimam a doença', diz 1.º paciente de Covid

Há exatamente um ano, o empresário Cláudio Buzalaf, 52 anos, estava em uma cama de hospital, com o pulmão comprometido e sem paladar ou olfato. Menos de 24h depois, ele seria intubado. Estava inconsciente, lutando pela vida, quando o diagnóstico veio.

Buzalaf foi um dos dois primeiros casos confirmados de Covid-19 em Bauru, que foi divulgado pela prefeitura, no dia 30 de março de 2020. Já recuperado, o empresário viu pessoas conhecidas perderem a vida para o novo coronavírus e, após estes 12 meses, lamenta que uma parcela da população ainda subestime a doença.

"É difícil imaginar que, a esta altura, existam pessoas que ainda acreditam que o vírus não é perigoso. Elas precisam se cuidar, usar máscara, evitar aglomerações. Mas muitas pessoas continuam fazendo festas, reuniões, que, a meu ver, são os maiores focos de transmissão", observa.

Em matéria publicada pelo JC após a sua alta, Buzalaf já havia contado que acredita ter contraído a doença durante uma viagem para São Paulo, ainda no início da pandemia. Como, à época, ainda havia muita desinformação sobre a Covid-19, ele acabou indo ao hospital somente quando já estava com as funções dos pulmões comprometidas.

MEDO DA MORTE

Na unidade, ficou 21 dias internado, sendo 12 deles intubado. Neste período, perdeu 17 quilos, o que afetou bastante a musculatura. Em uma cadeira de rodas, deixou o hospital e só depois de um mês conseguiu voltar a andar.

"Saí muito debilitado. Minha recuperação física foi bem complicada e só fui ficar 100% depois de três, quatro meses fazendo bastante fisioterapia e exercícios. Até uns seis, sete meses, ainda sentia cheiro de queimado. Mas passou", comemora.

Ele, que já havia superado um infarto aos 40 anos, avalia que a proximidade com a morte que a Covid-19 trouxe foi fundamental para mudar o modo de enxergar a vida. "Eu achei que fosse morrer. Quando acordei da sedação, vi meu corpo todo roxo, inchado. O impacto daquilo foi entender que a vida é frágil e não compensa se deixar levar pelo estresse, pela raiva. Fiquei uma pessoa bem mais tranquila", revela.



Fonte: JC Net
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