Até exercícios físicos na faxina ajudam a prevenir a hipertensão

O isolamento social em virtude da pandemia do novo coronavírus fez com que a situação dos hipertensos se agravasse, afinal, muita gente deixou de se exercitar. Ficar em casa, contudo, não precisa ser sinônimo de sedentarismo e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) adverte que até alguns movimentos durante a faxina ajudam a prevenir a doença.

A entidade abordará os mitos e verdades sobre o assunto em uma live agendada para amanhã, segunda-feira (26), Dia Nacional de Combate à Hipertensão. A transmissão contará com a participação da professora associada do Departamento de Educação Física da Unesp Bauru, Sandra Lia do Amaral Cardoso, que também desempenha a função de diretora científica da Área Multiprofissional da SBH.

De acordo com ela, apenas 10% da população hipertensa do mundo realiza o devido controle da doença. Muitos descartam os cuidados por não haver qualquer sintoma. "Na pandemia, as pessoas deixaram de ir ao médico, pararam de praticar exercícios físicos regularmente e a ansiedade levou à alimentação incorreta, tornando a conscientização ainda mais importante neste momento", complementa.

Tanto que, desta vez, a campanha abordará o tema "Cuidando da sua pressão em tempos de pandemia". A iniciativa organiza uma live que será transmitida pela página Menos Pressão, no Facebook, na segunda-feira (26), às 17h.

A live abordará os mitos e verdades sobre a doença (veja alguns exemplos na ilustração). A transmissão também trará dicas para se exercitar dentro de casa. "Na faxina, em vez de lustrar os vidros com apenas uma mão, dá para usar as duas. Ao subir na escada para tirar o pó de algum móvel mais alto, é possível fazer o movimento de duas a três vezes antes de começar a limpeza", observa Sandra.

RECOMENDAÇÕES

Além de aferir a pressão frequentemente, não interromper o tratamento e manter a alimentação balanceada, o recomendado é praticar 40 minutos de exercícios diários para prevenir a hipertensão. "Se alguém não conseguir fazer tudo de uma vez, dá para fracionar ao longo do dia", acrescenta.

Se a pressão arterial estiver descontrolada e os pacientes apresentarem consequências como insuficiência cardíaca e renal, além de AVC, eles têm maior chance de desenvolver a forma mais grave da Covid-19, incluindo arritmias e piora da falência dos rins, conforme destaca o presidente da SBH, o médico Luiz Bortolotto.

De acordo com ele, a infecção pelo novo coronavírus pode provocar uma inflamação que fica ainda mais intensa quando as pessoas já têm estes órgãos comprometidos pela hipertensão. "Por isso, é fundamental manter a pressão controlada com uso correto das medicações e a adoção de hábitos saudáveis de vida, sobretudo, neste momento", aconselha.

De 26 de abril a 17 de maio, Dia Mundial de Combate à Hipertensão, também haverá podcasts semanais com profissionais de diversas áreas. O material ficará disponível nos sites da SBH e da Unesp.

SERVIÇO

Para obter outras informações, basta acessar o site www.sbh.org.br.