Uma licitação deve ser aberta no segundo semestre deste ano pela Prefeitura de Bauru para contratação da empresa que vai reconstruir o prédio da escola municipal de ensino infantil Vera Lúcia Cury Savi, mas o que seria uma boa notícia, tem sido alvo de críticas e cobranças pelo vereador Júnior Rodrigues (PSD): a falta de manutenção adequada dos imóveis e espaços públicos que leva, como no caso da escola, à perda do bem municipal, que foi condenado e será reconstruído após a demolição.
Desde o início deste ano, o vereador informa que vem realizando levantamentos das condições estruturais e de manutenção de prédios públicos, como unidades de saúde, escolas, creches e destinados ao esporte. Os relatórios foram elaborados com base nas visitas e registros fotográficos feitos pelo vereador e sua equipe em todas as unidades básicas de saúde, UPAs, escolas, ginásios e centros esportivos, estádios distritais, centro de arte e na piscina municipal.
Neles, constam prédios com infiltração (mofo e bolor), paredes sem reboco e sem pintura, mato alto, mal acondicionamento de arquivos, muros quebrados, lixo, alambrados quebrados e uma série de outros problemas que, na opinião do vereador, poderiam ser resolvidos pelas próprias equipes da prefeitura, ou mesmo, prevenidos pelo serviço de manutenção. "A falta de manutenção em prédios públicos é um problema que a prefeitura tem que não consegue sanar, e que demostra que se não fizer alguma coisa em curto e médio prazos, os prédios vão começar a cair, como na escola que vai ter que ser demolida e poderia atender as crianças da região", afirmou Júnior.
No caso específico da escola Vera Lúcia Cury Savi, o vereador fez uma visita junto à prefeita Suéllen Rosim (Patriota), que confirmou a demolição e a data para início do processo de licitação para construção do novo prédio, mas o vereador lamenta que, até a construção do novo espaço, as crianças tenham que continuar sendo atendidas no bairro Bauru 16. "As mães levam cerca de uma hora para levarem a escola no outro bairro, e as crianças têm que se reunir em um número que poderia ser menor, por causa da pandemia", lamentou.
Além dos prejuízos do dinheiro público, inclusive com o furto de peças e partes dos prédios (telhas, vidro de janelas, madeiramento e tubulações), que tem sido comuns de acordo com Júnior, outro problema é que estes mesmos espaços têm servido de abrigo para usuários de drogas. "Tudo acontece pela falta de manutenção. Vai se deixando de lado até que chega a hora que não tem mais condição de uso, é um prédio que tem que demolir, um equipamento que tem que jogar fora. As coisas podem ser pequenas, como uma maca e acaba em uma escola, que por falta de manutenção tem que ser demolida".
O vereador disse que tem a expectativa de que a prefeitura apresente um Plano de Ação par ao problema. "Estamos apresentando isso no começo da gestão. Então, precisamos saber se vai ser criada uma equipe para manutenção ou se a manutenção dos prédios vai ser terceirizada, porque senão, o prejuízo lá na frente vai ser grande".
Por meio de sua assessoria, a Prefeitura de Bauru informou que cada secretaria faz a manutenção dos imóveis de sua responsabilidade e que, por enquanto, não há previsão de ocorrer a terceirização dos serviços.