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09/07/2021

Bauru não segue nova flexibilização

A Prefeitura de Bauru decidiu não seguir a nova flexibilização do Plano São Paulo anunciada nesta quarta-feira (7) pelo governo do Estado. Por recomendação da Secretaria Municipal de Saúde, a prefeita Suéllen Rosim optou por manter as regras do atual decreto, em vigor desde o dia 1 de julho na cidade.

A decisão desagradou algumas entidades, como o Sincomércio (leia mais abaixo), mas a prefeitura salientou que a medida leva em consideração os índices de casos, óbitos, que estão em queda, mas ainda em patamar elevado, bem como a ocupação dos leitos de UTI, que, na rede pública de Bauru, está em 100% ou mais há 50 dias.

"A região vem apresentando redução destes índices e a Secretaria de Saúde recomendou a manutenção do atual decreto por mais uma semana, até que uma redução mais significativa seja verificada, antes de um aumento das flexibilizações", cita, por meio de nota.

A prefeitura reforçou que deve passar a seguir o Plano São Paulo a partir de 16 de julho, no dia seguinte ao fim da validade do decreto municipal, mas que a mudança ainda dependerá da avaliação dos indicadores epidemiológicos, que têm apresentado tendência de melhora com o avanço do processo de vacinação da população. Ao menos até o dia 15, portanto, o município mantém o atual decreto. Inclusive neste "feriadão" prolongado, as atividades do comércio e de serviços estão liberadas das 6h às 21h, com ocupação de até 30% da capacidade.

Após este horário, segue autorizada apenas a venda por delivery e drive thru, exceto para bebidas alcoólicas, que não podem ser comercializadas entre 21h e 6h, em todos os dias da semana.

RECOMENDAÇÃO

Já a partir do dia 16 de julho, se Bauru seguir o Plano São Paulo, os estabelecimentos considerados não essenciais poderão funcionar das 6h às 23h, com ocupação de até 60% da capacidade. As regras ficarão em vigência em todo o Estado até 31 de julho.

Porém, na coletiva de imprensa em que a flexibilização foi anunciada, no dia 7, o coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado de São Paulo, João Gabbardo, recomendou aos prefeitos de municípios onde os índices epidemiológicos ainda preocupam para que analisassem a possibilidade de adotar regras mais restritivas. E esta foi, justamente, a decisão tomada por Bauru.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde reforça que o uso de máscara segue obrigatório em todos os espaços públicos e nos estabelecimentos comerciais e de serviços. As lojas também devem disponibilizar álcool em gel para clientes e funcionários e manter os ambientes higienizados. Além disso, é fundamental que as pessoas evitem aglomerações, uma vez que a pandemia na cidade ainda não está controlada.

 

Sincomércio lamenta

Ainda nesta quarta-feira (7), o Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região (Sincomércio) enviou ofício à prefeitura para solicitar a ampliação de horário prevista no Plano São Paulo, como forma de "contribuir para recuperação das empresas". Salientou, ainda, que o "difícil quadro no atendimento à saúde" enfrentado por Bauru "só será resolvido com a oferta de novos leitos" e que as restrições de horário impostas ao comércio "não tiveram relação direta com o número de casos ou internações" no município.

Em entrevista ao JC nesta quinta (8), o diretor do sindicato, Walace Sampaio, lamentou a decisão do Executivo bauruense. "Faltou coerência, tendo em vista o discurso que a prefeita sempre teve em defesa do comércio, e coragem para tomar uma posição. Pelo contrário, manteve as restrições, sem nenhuma razão, gerando mais prejuízos para o comércio neste feriado prolongado", diz.



Fonte: JC Net
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