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15/03/2021

Bebê de Ourinhos com síndrome rara faz cirurgia complexa após pedido judicial

A pequena Ysadora Basseto de apenas 9 noves, que mora com a família no Jardim Guaporé em Ourinhos, conseguiu realizar na última semana, a tão sonhada cirurgia para tratar a craniossinostose, uma síndrome rara, que consiste no fechamento precoce das junções entre os diferentes ossos do crânio. Assim, quando uma sutura se fecha antes da hora, o crânio não cresce na direção perpendicular a esta junção, resultando em diferentes formatos da cabeça da criança. A família conseguiu fazer a cirurgia, no Hospital de Reabilitação Anomalias Crânio Facial – Centrinho de Bauru, no último dia 9, após um pedido judicial acatado pelo Governo de SP, que custeou a cirurgia.

Se Ysadora não realizasse o procedimento cirúrgico até os dez meses de vida, corria o risco de hipertensão intracraniana e sofrimento cerebral, que pode levar a regressão do desenvolvimento neuro-psicomotor; alterações oftalmológicas, que podem causar a perda de visão; e por fim prolemas de estética.

Foto: Arquivo Pessoal

A família chegou a realizar uma vaquinha on-line para levantar a quantia de R$180 mil, necessária para realizar o procedimento em uma clínica particular, mas um advogado de Sorocaba (SP) conseguiu uma liminar na justiça, que obrigou o estado a custear a cirurgia de Ysadora, que foi um grande sucesso. Por fim a vaquinha arrecadou R$18 mil, 10% do valor necessário,porém só foi regatado R$16 mil, já que foi tirado o custo do site. A quantia (R$ 16 mil) está sendo utilizada pelos pais de Ysadora para a compra de medicamentos, custos de viagem e hospedagem.

O repórter Geraldo Laperuta entrevistou Thaís da Silva Duarte Basseto, mãe da pequena Ysadora, que passou detalhes de como foi a cirurgia em Bauru. Confira:

"A Ysadora foi internada no dia 09/03, às 06:00 da manhã! Ela entrou no centro cirúrgico às 07:00 da manhã e saiu de lá às 11:30, mas eu só pude estar com ela depois do meio-dia e meia! A Dra. Michele Brandão disse que ocorreu tudo bem, "dentro dos conformes" e me disse de que forma foi feita a cirurgia dela. A Dra. Michele disse que abriram todas as suturas do crânio, tiraram alguns pedaços do crânio dela, fazendo com que aparecessem as moleiras, foram arrancadas das laterais perto das orelhas da nuca e do topo da cabeça e ele falou que iria juntar líquido na cabeça e causar inchaço, mas que com o tempo o corpo iria absorver sozinho esse líquido. Do centro cirúrgico ela foi para a UTI pediátrica e chegando lá ela já estava começando a voltar da anestesia geral. Ela estava se debatendo muito chorando muito. Peguei ela no colo ela me empurrava foi muito triste, a hemoglobina dela estava 13.0. Nesse dia ela só vomitava e quando dormia acordava chorando desesperada.

No dia 10/03 ela não queria mamar e nem comer, mas estava no soro e os vômitos continuavam e ela só queria dormir e já estava pálida aí descobrimos que a hemoglobina dela estava em 8.5. No dia 11/03, ela continuou com os vômitos e só queria continuar dormindo, comeu um pouco, mamou pouco e continuou chorando muito e nesse dia ela teve que fazer uma transfusão de sangue, pois estava com a hemoglobina muito baixa 7.9. No dia 12/03 depois de ter feito a transfusão de sangue ela já estava coradinha e comeu e mamou bem melhor e já começou a sorrir e brincar, mas o choro continuou, só queria dormir em cima de mim e aí recebemos alta da UTI pela graça de Deus, mas apesar disso, permanecemos lá na UTI, para, caso tivesse alguma intercorrência da transfusão.

Dia 13/03, foi o dia da alta médica, saímos de lá bem, ela está brincando e rindo, mas os chorinhos e os vômitos embora tenham diminuído, continuam. Ela está bem e comeu bem melhor em casa. Temos retorno dia 24/03, o médico achou melhor não ficar na cidade de Bauru devido aos casos de covid, pois ficamos hospedados em uma pousada e em razão da rotatividade de pessoas, ele pediu pra virmos embora para casa para recuperação dela ser melhor. Já tivemos mais gastos com medicamentos e transportes e assim segue. Por prescrição médica e pela imunidade dela estar baixa, não podemos receber visitas." Essa cirurgia da Ysadora foi feita pela equipe de médicos comandadas pelos médicos Dra. Michele Brandão e Dr. Cristiano Tonello, do Centrinho em Bauru".

Foto: Arquivo Pessoal


Fonte: Passando A Régua
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