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07/03/2021

Brasileiros foram os que mais ganharam peso na pandemia

Em 2020, as quatro receitas mais pesquisadas, segundo o Google Trends, foram pão caseiro, brigadeiro de colher, bolo de cenoura e pão doce, uma amostra de como o menu no Brasil foi calórico durante o isolamento social. Foi nesse cenário que a pesquisa Diet & Health Under Covid-19, realizada pelo Instituto Ipsos com a participação de moradores de 30 países, colocou os brasileiros em primeiro entre os que acreditam ter engordado na pandemia.

A pesquisa aponta que 52% dos brasileiros entrevistados consideram que ganharam peso, índice acima de das outras nação. É o caso do economista José Cardoso, de 55 anos, que ganhou cerca de 4,5kg no período. Além da falta das atividades simples do cotidiano, como andar da estação de metrô até o escritório e caminhar na praia, ele relata ter ficado muito ansioso.

"Principalmente nos primeiros meses, fiquei ansioso e acabei comendo demais. Antes, eu saía toda semana com meu filho e minha esposa pelo menos duas vezes, além dos finais de semana. Com a pandemia, passei a ficar em casa e acabei comendo mais doces", conta.

O psicólogo Rodrigo Egídio, especialista em neurociências aplicadas, explica que a compulsão alimentar é uma das manifestações do distúrbio de ansiedade e que a hipervigilância causada pela pandemia agravou esse quadro em muitos pacientes:

"A ansiedade pode se apresentar em forma de fobia, compulsão, pânico... A pandemia faz com que a gente viva um estado contínuo de alerta, de hipervigilância. Seja porque temos medo de ser infectados pela Covid, por tememos perder alguém próximo ou ficar desempregado, atraímos respostas fisiológicas: desregulação hormonal, manchas na pele. Essas desregulações acabam potencializando a manifestação de uma compulsão."

Prática de atividade física caiu 29%

Trabalhando em casa e sentado desde o início da pandemia, João Cardoso passou a relatar problemas na lombar por causa do ganho de peso. Ele ganhou dois quilos a menos que a média dos brasileiros entrevistados na pesquisa, que foi de 6,5 kg. Isso reflete a queda de 29%, segundo o levantamento, na prática de exercícios físicos. No outro extremo, existe uma parcela de 23% que passou a se exercitar mais durante o isolamento. Essas pessoas, geralmente com a ajuda de aplicativos e plataformas de exercícios físicos, passaram a cuidar da saúde em casa. O fisioterapeuta observa que o importante é se exercitar, com os devidos cuidados, sempre que possível. "Agora, as pessoas passam o dia na frente dos computadores e comem muito mais. As articulações acabam sendo comprometidas, assim como os ligamentos, e a coluna também."



Fonte: JC Net
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