A pandemia do novo coronavírus fez com que as crianças e os adolescentes trocassem o ambiente físico das escolas pelo virtual. Entre tantos impactos, tal mudança também abriu margem para o crescimento chamado ciberbullying. Preocupado com esse cenário que só cresce desde o ano anterior, o bauruense Pedro Rodrigues de Freitas Lippe criou o Conhecendo Bullying. O projeto visa conscientizar a população sobre a temática através de podcasts e postagens informativas no Instagram.
De acordo com o idealizador da iniciativa, que também é advogado e servidor público estadual, ao contrário do que acontece no ambiente físico, o virtual apresenta pouca vigilância. "Além disso, quem pratica o ciberbullying se sente protegido pela falsa ideia do anonimato, na qual consegue criar outros perfis para atingir as vítimas, sem imaginar que a polícia tem condições de rastrear todas as contas, caso acionada", explica.
Lippe dá um exemplo prático de como essa modalidade de bullying se manifesta. "Em uma sala de aula virtual, os alunos ligam as câmeras, que mostram o seu rosto. O agressor captura a imagem da vítima, monta um meme e envia para todos os contatos do WhatsApp", acrescenta.
Para o profissional, esse tipo de comportamento só se configura como bullying quando as vítimas se tornam alvos frequentes dos agressores. "O ciberbullying é ainda pior, porque as imagens ficam disponíveis para o compartilhamento, aumentando a exposição de quem sofre com as intimidações", completa.
E as consequências para as vítimas podem ser devastadoras. "Embora o bullying não justifique esse tipo de violência, nós tivemos vários casos de ataques a escolas brasileiras cometidos por pessoas que passaram por intimidações constantes, como o que ocorreu na cidade catarinense de Saudade, recentemente", argumenta.
COMO TUDO COMEÇOU
Diante da importância desse tema, o advogado decidiu ajudar as pessoas a lidar com com essa realidade (veja algumas dicas na ilustração). Em setembro de 2020, enquanto fazia o mestrado voltado para a área de criminalização do bullying e ciberbullying, Pedro Lippe decidiu criar um perfil no Instagram chamado Conhecendo Bullying.
Com o término do mestrado, em março deste ano, o profissional conseguiu dedicar mais tempo ao projeto e deu início a uma série de podcasts. Neles, Lippe conversa com especialistas no assunto, como psicólogos, educadores e pesquisadores.
Futuramente, o advogado pretende criar um canal no YouTube também para abordar a temática com opiniões. Por enquanto, isso está sendo executado através dos stories do projeto no Instagram.
SERVIÇO
Para ouvir os podcasts, basta digitar Conhecendo Bullying nas principais plataformas de áudio. O perfil do projeto no Instagram tem o mesmo nome.
JANELA
"O ciberbullying é ainda pior, porque as imagens ficam disponíveis para o compartilhamento, aumentando a exposição das vítimas"
Pedro Rodrigues de Freitas Lippe
Idealizador do projeto
Segundo o bauruense Pedro Rodrigues de Freitas Lippe, em um passado não muito longínquo, as pessoas achavam o bullying algo normal, mas as graves consequências para a autoestima das vítimas acenderam um alerta. Tanto que ele se juntou a um grupo de cinco pessoas para criar a Associação Brasileira de Prevenção e Enfrentamento ao Bullying (Abrapeb).
A entidade ainda está em fase de implantação.
A pandemia do novo coronavírus fez com que crianças e adolescentes trocassem o ambiente físico das escolas pelo virtual. Entre tantos impactos, tal mudança também abriu margem para o crescimento do chamado ciberbullying. Preocupado com esse cenário que só tem aumentado desde o ano passado, o bauruense Pedro Rodrigues de Freitas Lippe criou o Conhecendo Bullying. O projeto visa conscientizar a população sobre a temática através de podcasts e postagens informativas no Instagram.
De acordo com o idealizador da iniciativa, que também é advogado e servidor público estadual, ao contrário do que acontece no ambiente físico, o virtual apresenta uma menor vigilância. "Além disso, quem pratica o ciberbullying se sente protegido pela falsa ideia do anonimato, na qual consegue criar outros perfis para atingir as vítimas, sem imaginar que a polícia tem condições de rastrear todas as contas, caso acionada", explica.
Lippe dá um exemplo prático de como essa modalidade de bullying se manifesta. "Em uma sala de aula virtual, os alunos ligam as câmeras, que mostram o seu rosto. O agressor captura a imagem da vítima, monta um meme e envia para todos os contatos do WhatsApp", acrescenta.
Para o profissional, esse tipo de comportamento só se configura como bullying quando as vítimas se tornam alvos frequentes dos agressores. "O ciberbullying é ainda pior, porque as imagens ficam disponíveis para o compartilhamento, aumentando a exposição de quem sofre com as intimidações", completa.
E as consequências para as todos podem ser devastadoras. "Embora o bullying não justifique esse tipo de violência, nós tivemos vários casos de ataques a escolas brasileiras cometidos por pessoas que passaram por intimidações constantes, como o que ocorreu na cidade catarinense de Saudade, recentemente", argumenta.
COMO TUDO COMEÇOU
Diante da importância desse tema, o advogado decidiu ajudar as pessoas a lidar com essa realidade (veja algumas dicas na ilustração). Em setembro de 2020, enquanto fazia o mestrado voltado para a área de criminalização do bullying e ciberbullying, Pedro Lippe decidiu criar um perfil no Instagram chamado Conhecendo Bullying.
Com o término do mestrado, em março deste ano, o profissional conseguiu dedicar mais tempo ao projeto e deu início a uma série de podcasts. Neles, Lippe conversa com especialistas no assunto, como psicólogos, educadores e pesquisadores.
Futuramente, o advogado pretende criar um canal no YouTube também para abordar a temática com opiniões. Por enquanto, isso está sendo executado através dos stories do projeto no Instagram.
SERVIÇO
Para ouvir os podcasts, basta digitar Conhecendo Bullying nas principais plataformas de áudio. O perfil do projeto no Instagram tem o mesmo nome.