Segundo relatos dos próprios funcionários, o pagamento, que deveria ter sido feito no dia 5, foi sucessivamente adiado — primeiro para o dia 6, depois para o dia 7 — e até a manhã do dia 8 a verba ainda não havia sido depositada. “Agora não vamos sair enquanto não recebermos”, afirmou um dos coletores.
Além do atraso, os trabalhadores denunciam jornadas exaustivas, que chegariam a 15 horas diárias, sem condições adequadas de descanso ou alimentação. “Estamos sendo explorados, trabalhamos demais e nem o básico eles estão pagando”, disse outro funcionário.
As imagens mostram dezenas de coletores e motoristas reunidos em frente à sede da empresa, na zona oeste da cidade, sem previsão de retorno às atividades. O clima é de revolta.
Nos comentários de redes sociais, moradores demonstraram apoio aos trabalhadores. “Estão certos, ninguém trabalha de graça”, disse um internauta. Outros aproveitaram para criticar a atual gestão municipal: “Com Daniel Alonso isso nunca aconteceu”, escreveu outro.
A paralisação pode afetar a coleta de lixo em toda a cidade. Até o momento, a Prefeitura de Marília não se pronunciou oficialmente sobre o caso, nem informou se adotará medidas emergenciais para evitar o acúmulo de resíduos.