Conselhos da ACIA arrecadam fundos para compra de aparelho que pode evitar a intubação de pacientes com COVID-19
Desenvolvido no Ceará, o Capacete Elmo é utilizado para tratamento de pacientes com COVID-19, e apresenta resultados significativos, reduzindo em 60% o número de pacientes que evoluíam para estado grave e necessitariam de intubação.
O Capacete Elmo é um dispositivo de suporte ventilatório não invasivo, capaz de manter uma pressão positiva contínua nas vias aéreas através da oferta de alto fluxo de oxigênio e ar medicinal, reduzindo o esforço respiratório do paciente e evitando que ele tenha que ser entubado, na maioria dos casos.
Omar Reyes Mancilla do Conselho do Jovem Empreendedor da Associação Comercial e Industrial de Assis (ACIA) explica que vendo os resultados expressivos, o conselho juntamente com o Conselho da Mulher Empreendedora iniciaram uma campanha para a aquisição de cinco Capacetes Elmos e também para angariar recursos para que trabalhadores da Santa Casa possam ser treinados para o uso do capacete.
Capacete reduz em 60% necessidade de intubação de pacientes com COVID-19
"Vimos os resultados expressivos do uso do capacete, então apresentamos o projeto ao médico infectologista doutor Wilson, que nos deu o aval, e considerou que deveríamos começar com a aquisição de um número pequeno de capacetes; decidimos começar com a compra de cinco capacetes; nesta quinta-feira, ganhamos um capacete doado pelo Conselho da Mulher Empreendedora; um capacete da Tati da Cabonet, um da ACIA e um da Unimed; mas ainda precisamos de recursos para a compra de um capacete e para os treinamentos", considera.
Omar explica que os capacetes colaboram para que os pacientes não evoluam para casos graves, o que colaborará para que haja mais leitos disponíveis.
"Os capacetes tem resultados comprovados, possuem registro na Anvisa e seu uso colaborará para que consigamos uma melhora expressiva nos resultados dos pacientes e também reduzir a demanda das UTI's", ressalta.
O Capacete Elmo foi inspirado em modelos desenvolvidos na Itália e EUA e, no Brasil, a cooperação entre a empresa ESMALTEC, Universidade de Fortaleza, SENAI, Fundação Edson Queiroz, Governo do Ceará, Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Universidade Federal do Ceará tornaram o dispositivo uma realidade com custo acessível. Uma unidade custa cerca de R$ 1.100,00. Enquanto que o treinamento para manuseio do equipamento sai por R$ 900,00 e pode ser feito online. Cada capacete pode ser utilizado por até 4 pacientes.