Sensibilizado com a situação delicada mostrada pelo JC sobre o Circo Moscou, que está "preso" há semanas em Bauru sem poder se apresentar pelo fato de a cidade estar na fase vermelha, o artista Dedé Santana fez um pedido de ajuda. Conhecido por sua atuação em Os Trapalhões e também considerado "embaixador do circo" no País, ele gravou um vídeo nas redes sociais, no último fim de semana, em prol dos seus amigos (confira o vídeo em www.jcnet.com.br).
"Oi, minha querida prefeita Suéllen [Rosim]. Eu sou Dedé Santana, o eterno trapalhão, tenho certeza que a senhora me conhece. Eu não preciso falar das dificuldades que os circos estão passando. Aliás, a classe artística foi duramente atingida, mas o circo trabalha hoje para comer amanhã. E eu estou aí com meu amigo 'Tititi', com grande dificuldade e gostaria de pedir que a senhora, encarecidamente, desse uma mão e ajudasse ele, porque, no circo, temos muitas pessoas de idade e crianças. E precisamos mesmo da ajuda dos prefeitos", afirma Dedé.
Porta-voz do Circo Moscou, Sandro Lima explica que "Tititi" é o apelido de Guilherme Palácios, que é proprietário da atração que está em Bauru. "Na verdade, aqui somos todos amigos do Dedé. Ele sempre faz shows com a gente", contextualiza Sandro.
'GRANDE CORAÇÃO'
Ainda na gravação, Dedé conta já ter pedido ajuda para outros circos afetados pela pandemia na região Sul do País. "Não teve um prefeito que não ajudou, que não colaborou. Sei do seu grande coração e tenho certeza que a senhora (Suéllen Rosim) não me deixará na mão. Se a senhora riu muito comigo quando era pequena e se divertiu, me dê essa alegria, agora, prefeita", finaliza o artista.
Em nota, a prefeitura diz que, ao saber da situação do Circo Moscou, enviou 13 cestas básicas ao local, por meio de ação do Fundo Social de Solidariedade, presidido pela mãe de Suéllen, Lúcia Rosim.
O Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região (Sincomércio) também ofereceu ajuda por meio do abastecimento de parte das carretas ao circo.
DRAMA
Conforme o JC noticiou em 11 de fevereiro, o circo, instalado na avenida Nuno de Assis, na altura do cruzamento com a rua Inconfidência, busca ajuda para conseguir sair da cidade. A atração chegou a Bauru no fim de janeiro e abriu ao público por apenas um final de semana. Fechado há quase um mês em razão da fase vermelha e sem o dinheiro da bilheteria, que mantém tudo por lá, os funcionários têm passado dificuldades e não há dinheiro para arcar com o combustível dos caminhões e trailers para o próximo destino.
O Circo Moscou tem agenda em Araras no fim deste mês, cidade que está na fase laranja do Plano São Paulo.
O custo para abastecimento das carretas, ônibus e caminhões para a viagem, contudo, é de cerca de R$ 8 mil, segundo Sandro.
VEJA O VÍDEO:
Nos últimos dias, uma campanha online foi criada para ajudar os artistas a chegarem ao próximo destino. Até o fim da tarde desta terça-feira (16), a vakinha arrecadou R$ 1.120,00 de um total de R$ 8 mil. Veja mais em: http://vaka.me/1793955.
"Agradecemos demais tudo o que estão fazendo. Temos esperança de conseguir mais ajuda para viajar ou até de poder abrir ao público aqui para, enfim, arrecadar a bilheteria", comenta o porta-voz do Circo Moscou, Sandro Lima.
Para ajudar o circo de outras formas, entre em contato pelo telefone (14) 99848-5441.