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10/06/2021

Demanda por compra de lotes é alta, mas a liberação de áreas segue lenta

O mercado imobiliário para aquisição de loteamentos abertos ou fechados está aquecido no Interior do Estado de São Paulo, inclusive na região de Bauru, apesar da pandemia. Porém, os processos de aprovações de projetos junto às Secretarias Municipais de Planejamento estão caminhando a passos lentos. O resultado disso é um problema no desenvolvimento urbano. Essa é a avaliação feita pela Associação das Empresas de Loteamentos e Desenvolvimento Urbano (Aelo) e pelo Sindicato do Mercado Imobiliário de São Paulo (Secovi), após os resultados da pesquisa trimestral de 2021, feita pela Brain Inteligência Estratégica, envolvendo 65 cidades de maior efervescência no Interior. Os municípios pertencem às regiões de Bauru, Marília, Campinas, Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Barretos, Franca, Itapeva e Metropolitana da Capital.

Segundo Fábio Tadeu Araújo, diretor da Brain, a pesquisa do primeiro trimestre de 2021 traz um recorte preocupante no sentido de que os estoques de loteamentos existentes estão se exaurindo, não acompanhando a alta demanda de vendas do mercado. Os motivos, segundo ele, envolvem a pandemia, que desacelerou os processos, mas também a burocracia nas trocas de gestões municipais que estão travando lançamentos de novos loteamentos. Em 2019, houve registro de 42.066 novos lotes para construção de moradias, enquanto que em 2020 despencou para 33.174.

Em relação ao 4.º trimestre de 2020 para o 1.º de 2021, houve uma queda no mercado de 50% no número de loteamentos e 54% na quantidade de lotes lançados. Segundo a pesquisa, Bauru e região têm apenas 620 loteamentos com disponibilidades para aquisição.

De acordo com a Aelo, está provado que, apesar das restrições de circulação, muitas famílias decidiram mudar de moradia, buscando regiões mais tranquilas, sabendo que podem recorrer à prática do home office, muitas vezes trocando a Capital pelo Interior, pela maior qualidade de vida.

VENDAS

Com relação às vendas, segundo Caio Portugal, presidente da Aelo, há otimismo e registro de estabilidade. Foram vendidos 9.553 lotes no primeiro trimestre de 2021, uma queda de 23,6% em comparação ao trimestre anterior (12.506), porém, são números dentro do esperado porque o segundo semestre, historicamente, é sempre mais aquecido. No entanto, houve crescimento de 2% nas vendas com relação ao mesmo período do ano passado.

"Na prática, a pandemia não afetou as vendas de lotes. Mas é preciso que haja aprovação de novos lançamentos. Com relação a Bauru, é um centro formidável, pujante. Esperamos que a atividade privada contribua para o desenvolvimento da cidade. Com novos lançamentos, o potencial de vendas é alto, podendo crescer mais de 10%", comenta Caio Portugal.

Ele acrescenta que a sequência do procedimento de lançamento passa pela pré-aprovação da prefeitura, depois têm os trâmites de registro ambiental, aprovação final do município e por último o registro imobiliário.

Preços médio de lotes pesquisados

Nas 65 cidades pesquisadas, o preço médio ponderado por m² dos terrenos em loteamento aberto foi de R$ 433, um aumento de 6,9% em relação ao último trimestre de 2020. O preço médio por m² dos terrenos em loteamento fechado foi de R$ 605, aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. O preço médio geral fechou o trimestre em R$ 503. Para os loteamentos abertos, o menor valor por m² identificado foi de R$ 188 e o maior de R$ 1.144. Enquanto para os loteamentos fechados, o menor valor por m² identificado foi de R$ 186 e o maior de R$ 1.720.

Segundo a Secretaria de Planejamento (Seplan), há em Bauru 11 empreendimentos já aprovados - que estão em obras ou com obras autorizadas a começar - totalizando 3.997 unidades habitacionais, entre casas e apartamentos.

A pasta ainda tem em análise outros 53 processos, que estão em andamento, totalizando 13.084 unidades habitacionais, entre casas e apartamentos, em diversos empreendimentos, que estão em análise para aprovação, e mais 15.022 lotes, estes referentes a parcelamentos. A Seplan acrescenta que tem aprimorado procedimentos internos, sempre procurando agilizar a análise dos processos, com redução de prazos de maneira a permitir o investimento deste segmento no município, e, ao mesmo tempo, buscando os melhores parâmetros técnicos para as aprovações.



Fonte: JC Net
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