A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Bauru e Região (Ascam) protocolou no Ministério Público (MP), nesta sexta-feira (30), pedido para que o órgão promova uma audiência para intermediar as discussões junto à prefeitura sobre o futuro da gestão dos oito Ecopontos da cidade. A entidade é a atual administradora do serviço, mas o contrato pode ser rompido a qualquer momento, o que já foi recomendado pelo Jurídico municipal.
Conforme o JC divulgou, o parecer foi dado em meados de julho, cerca de dois meses depois de a prefeitura informar que detectou "inconsistências" no convênio com a Ascam, que foi majorado de R$ 1,357 milhão anual, em 2019, para R$ 2,388 milhões, em acordo firmado no fim de 2020.
A associação apresentou sua defesa e ainda aguarda a decisão final da prefeita Suéllen Rosim. No documento entregue ao MP, a Ascam pede para que a chefe do Executivo receba e escute os catadores de recicláveis. Na argumentação, informa que, extraoficialmente, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que seis dos oito Ecopontos serão fechados, caso o contrato for rompido. E, se isso ocorrer, a associação diz que as quatro cooperativas da cidade não conseguirão sobreviver.