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25/05/2021

Em alerta com possível terceira onda, secretário já estuda aumento de leitos

Uma provável terceira onda da Covid-19 tem sido cada vez mais tema de discussões e projeções no Brasil. Em Bauru, o secretário municipal de Saúde, Orlando Costa Dias, afirma estar em alerta sobre a possibilidade. Prevendo que esse aumento possa ocorrer no período entre julho e agosto no município, ele destaca que já estuda até mesmo parcerias visando a ampliação de mais 20 leitos públicos de UTI para a doença, caso este novo pico se concretize.

Conforme o JC noticiou, a possibilidade de agravamento da pandemia também foi aventada pelo vice-governador, Rodrigo Garcia, que esteve na região no último sábado (22) (leia mais abaixo).

Em Bauru, as novas vagas projetadas por Orlando Dias seriam distribuídas da seguinte forma: dez leitos em uma ala a ser aberta no hospital de campanha do Hospital das Clínicas (HC), ao lado da que já funciona no oitavo andar; e mais dez leitos seriam transformados em UTI no Hospital Estadual (HE).

"Ainda é preciso negociar, mas estou em contato direto com o pessoal da Famesp sobre essa possibilidade. A nossa Procuradoria queria dez vagas de imediato, mas fizemos uma reunião sobre o assunto e ainda não é o momento", comenta o secretário.

QUEDA DE CASOS

Uma das situações que leva o município a não antecipar as negociações para a abertura imediata de mais leitos a casos graves é a queda observada no registro de novas confirmações da doença nos últimos dias.

Após atingir o recorde da pandemia na primeira semana de maio (221 novas confirmações por dia), a média móvel de novos casos de Covid-19 registrou queda, para 167 novos registros diários, entre 10 e 16 de maio.

Na semana seguinte, de 17 a 23 de maio, houve novo decréscimo da média: 157,4 novas confirmações por dia. A média de novas mortes diárias, por sua vez, oscilou, mas ainda é inferior ao recorde registrado em abril (veja mais no quadro).

"Essa diminuição é um alento. Mostra que a segunda onda está perdendo força", comenta o secretário. Orlando alerta, contudo, que a circulação da população aumenta a cada dia e que isso poderá trazer resultados. "Eu, geralmente, sou muito otimista, mas, desta vez, não estou não. Acredito que lá para julho ou início de agosto pode acontecer uma terceira onda. É real o perigo da cepa indiana, que tem alto poder de transmissão e letalidade. Não registramos nada em Bauru, mas o alerta no País existe", ressalta.

Embora os dados da média móvel indiquem queda nas últimas semanas, o titular da Saúde diz ter notado aumento de internações de pessoas com Covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) neste fim de semana.

"Se percebermos que a situação está se agravando muito, tomaremos atitude. Só não temos como exigir mais dez vagas no HC para hoje, porque a terceira onda pode não vir, aí o município ficaria a com dívida", cita o secretário, que é também vice-prefeito.

Ele explica que a ala para ativação de mais UTIs no HC está com a estrutura pronta. O local só não dispõe de hemodiálise, o que, segundo Orlando, não seria problema, pois é possível utilizar os três pontos já existentes para o procedimento na ala que hoje está ativa.

O secretário municipal de Saúde garante ainda que Bauru possui Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e insumos suficientes para enfrentar um possível terceiro pico de casos. "Temos um bom estoque", conclui Orlando Costa Dias.

Prorrogação de convênios

Presente em inaugurações de obras na região, no último sábado (22), o vice-governador e secretário de Governo do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), também falou sobre a ameaça da terceira onda e, diante da possibilidade de agravamento da pandemia, confirmou que serão prorrogados, por mais dois meses, todos os convênios de leitos hospitalares voltados para o tratamento de pacientes com Covid-19 no Estado. Conforme o JC noticiou, ele ainda garantiu que, caso seja necessário, haverá a abertura de novas vagas, inclusive no HC em Bauru.

Orlando Costa Dias acredita, contudo, que a terceira onda de Covid, caso realmente ocorra, deve ser "mais branda" do que as duas últimas.

"Daqui a um mês e meio, teremos praticamente 50% da população de Bauru vacinada. Então, acho que ela não terá a capacidade destrutiva que teve a segunda onda, mesmo diante da nova cepa indiana", avalia o secretário.

O ideal, defende o titular da Saúde, seria aumentar a imunização para evitar o novo pico. "Seria necessário que o governo comprasse mais e produzisse mais vacinas para poder nos mandar uma quantidade maior", finaliza Orlando Dias.



Fonte: JC Net
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