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Pela terceira vez em dois meses, o Rio Bauru voltou a apresentar coloração escura e odor forte, com sinais de ter sido impactado novamente por vazamento da rede de esgoto. Pedestres e motoristas que passam pelo local notaram a poluição já há alguns dias nas imediações do trecho de cruzamento entre as avenidas Nuno de Assis e Nações Unidas.
O problema, contudo, também pode ser observado em toda a extensão do rio até a região do Núcleo Mary Dota e Jardim Chapadão. O DAE desconhecia a nova contaminação e, após ser informado pelo JC, afirmou que uma equipe seria enviada até o local. Até o fechamento desta edição, a origem do despejo irregular ainda não havia sido identificada e continuaria sendo investigada.
Vale lembrar que, desde 2018, após a implantação de interceptores, o leito do rio que atravessa a Nuno de Assis deixou de receber diretamente o esgoto captado pela rede da cidade. A partir desta intervenção, o curso d'água se regenerou e passou a ser frequentemente visitado por patos, garças e cágados e a abrigar peixes, que já não têm sido mais vistos nestes últimos dias.
Conforme o JC noticiou, o leito do rio voltou a receber esgoto na segunda semana de maio, no mesmo trecho atingido agora, da altura da avenida Nações Unidas seguindo em direção à ponte Ayrton Senna, entre o Mary Dota e o Distrito 1. Na ocasião, os técnicos do DAE constataram afundamento na rede de esgoto, com ruptura de tubulação a alguns metros de distância do cruzamento entre a rua Marcondes Salgado e a avenida Nações Unidas.
RECORRÊNCIA
No mesmo local, a autarquia fez um trabalho de desobstrução da rede, que estava entupida por estopas, provavelmente descartadas de forma irregular por oficinas do Centro. Depois que os devidos reparos foram realizados, a coloração e cheiro do rio começaram a normalizar e a água, que até então saia da galeria com coloração escura, voltou a ficar mais cristalina novamente.
Já no início de julho, mais uma vez por conduta humana, um vazamento de tubulação passou a jorrar fluxo intenso de esgoto em um dos canteiros de obras da concessionária ViaRondon, até atingir o Rio Bauru. O líquido fétido descia por canaletas, a partir da altura do quilômetro 340 da Rondon, onde será construído o viaduto que irá interligar a avenida Cruzeiro do Sul sobre a rodovia.
Conforme o JC apurou, o esgoto escorreu por semanas pelo canteiro de obras da marginal da Rondon em direção ao rio, na altura da Nuno de Assis. Segundo o DAE, a rede foi rompida pela própria concessionária. Cinco dias depois, técnicos da autarquia concluíram a instalação de um novo segmento de tubulação entre dois trechos já existentes e não danificados, sanando a contaminação oriunda daquele local.
