Em Bauru, as escolas particulares retomaram as aulas presenciais nesta segunda-feira (1), seguindo o calendário recomendado pelo Plano São Paulo. Dentre as medidas de biossegurança estabelecidas e que foram seguidas por aqui, estão a lotação máxima de até 35% nas salas de aula - por conta da fase vermelha -, distanciamento de ao menos 1,5 metro entre cada aluno, uso de máscara, a distribuição de totens de álcool em gel por toda a unidade, afastamento imediato de estudantes ou funcionários em caso de qualquer sintoma da Covid-19, entre outros. Contudo, algumas instituições fizeram outras adaptações em prol de mais segurança. Vale ressaltar que o retorno presencial é opcional, sendo que o ensino híbrido foi mantido.
No Preve Objetivo, cerca de 60% dos estudantes optaram pelo regime presencial. Por isso, foi necessário instaurar um sistema de rodízio, em que dois grupos intercalam entre os dias da semana que vão para a escola e os que acompanharão a aula de forma online, para atender a lotação de 35% nas salas.
"Durante a aula, deixamos as janelas e portas abertas para que o ar circule bastante e, para complementar a higienização dos espaços entre as turmas de cada turno, nós adquirimos um nebulizador, que libera desinfetante pelo ar", conta o proprietário da instituição, Gerson Trevizani Filho.
No D'Incao Instituto de Ensino, a adesão pelo retorno foi de 95%. Com isso, foi implantado um regime de escalonamento entre presencial e online, dividindo os estudantes em três turmas que frequentam a escola em dias diferentes. Além disso, o horário de entrada, de intervalo e de saída varia de 10 a 15 minutos para evitar aglomerações e manter o distanciamento social.
"O 1.º e 2.º anos do fundamental foram divididos para que possam ter atividades presenciais todos os dias, pois, como alguns optaram apenas pelo remoto, havia uma sobra no número de alunos para completar os 35% permitidos. Essa estratégia foi essencial, pois, nesta idade, o ensino híbrido é mais complexo", afirma o diretor geral do colégio, Pedro D'Incao.
'BOLHAS'
Já na FourC Bilingual Academy, a alternativa encontrada foi, além de implementar o sistema de rodízio, também separar os alunos por 'bolhas', para que tenham contato sempre com as mesmas pessoas, que frequentam a escola entre 3 e 4 dias por semana. "Dessa forma, caso alguém manifeste algum sintoma do coronavírus, sabemos exatamente com quais pessoas ele teve contato e podemos afastar esses outros estudantes ou funcionários", explica a diretora de ensino, Juliana Storniolo, ressaltando que a adesão para aulas presenciais na instituição foi de 95%.
Ainda segundo ela, uma outra adaptação foi pintar os itens do parquinho de cores diferentes para que determinada 'bolha' utilize apenas uma coloração. Além disso, a instituição também comprou nebulizadores e luzes ultravioleta, usados para complementar a limpeza dos ambientes nas trocas de turmas.
POR SEMANA
Já a direção do Colégio Anglo Bauru optou por dividir os alunos em turmas escalonadas semanalmente, ao invés de dias intercalados. "Acreditamos que isso facilita para as famílias se organizarem sobre quando devem levar os filhos para a escola ou não, e ainda permite que os estudantes tenham contato com todos os professores durante a semana", afirma a diretora Kárystha Leal.
Ainda assim, todos os pais de alunos precisam dar um aceite no termo em que autorizam a entrada dos filhos na escola, e ainda se comprometem a enviá-los para as aulas apenas se eles não apresentarem qualquer sintoma da Covid-19.
As aulas presenciais também foram retomadas de forma híbrida no Colégio Chaminade e, para isso, os ambientes foram equipados com dispenser de álcool em gel, cartazes de orientação sobre uso de máscara, forma correta de lavagem das mãos, entre outros. Há, ainda, uma equipe de limpeza grande para fazer a higienização dos locais entre as turmas.
"Todos os nossos educadores foram treinados para acolher e orientar os educandos quanto às medidas de biossegurança. Como exemplo do protocolo, ao chegar na escola, aferimos a temperatura do aluno, eles passam seus calçados em um tapete sanitizante, há a higienização das mochilas e uso do totem de álcool gel, para, depois, seguir até as salas de aulas", informou a instituição, em nota.
Já no Maple Bear Canadian School, a diretora geral Ana Sgarbi conta que também foi necessário implementar o rodízio de turmas, porém, como os espaços físicos da escola são amplos, foi possível manter a ocupação máxima de 35% sem precisar dividir os alunos das mesmas classes.
"As turmas têm aulas em salas separadas para atender a lotação e o distanciamento, mas vão até a escola nos mesmos dias. Então, conseguem conviver nos espaços coletivos", detalha.