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22/02/2021

Estudo sugere que robôs podem fazer amizade com humanos

Os pesquisadores Tony Prescott e Julie Robillard publicaram um artigo científico sugerindo que robôs e seres humanos podem ser bons amigos
Os pesquisadores Tony Prescott e Julie Robillard publicaram um artigo científico sugerindo que robôs e seres humanos podem ser bons amigos. O estudo, que revisou outras pesquisas, foi publicado na Cell Press, um agregador de periódicos científicos.
 
Em um artigo publicado no último dia 15, Tony explicou para leigos a conclusão do seu trabalho. De acordo com ele e a colega Julie, parte importante da literatura recente sugere que “robôs podem ser companheiros surpreendentemente bons”.
 
O acadêmico exemplifica dizendo que inteligências artificiais já estão sendo usadas para criar interações com outras pessoas, ajudar a melhorar habilidades sociais e aumentar a autoestima.
 
Prescott lembra, porém, que exemplos que temos atualmente ainda estão longe do imaginados pelas ficções. Ele cita que mesmo tecnologias complexas como a robô Sophia, criada pela Hanson, ainda baseiam suas respostas com base em uma biblioteca programada. Ele ainda lembra da Siri e da Alexa para comentar que o caminho para uma amizade verdadeira ainda é longo.
 
Apesar do percurso pela frente, o pesquisador cita que o filme “Frank e o Robô”, de 2012, mostra um cenário que estamos cada vez mais perto. Na produção, o protagonista recebe ajuda de um robô doméstico para realizar tarefas domésticas como limpar, cozinhar e lembrar de tomar o remédio.
 
Riscos e considerações
 
Mesmo apontando para um futuro em que humanos e máquinas podem ser amigos, Prescott faz importantes ponderações sobre o assunto. “Nosso artigo também discutiu alguns riscos potenciais. Eles surgem particularmente em ambientes onde a interação com um robô pode substituir a interação com pessoas, ou onde as pessoas não têm a escolha de interagir com uma pessoa ou um robô - em um ambiente de cuidado, por exemplo”, cita.
 
O acadêmico defende, ainda, que o campo da robótica ainda cita que o abandono de amigos humanos por robôs é outro risco potencial. Contudo, ele ressalta que todas essas são possibilidades e não inevitabilidades.
 
Outro ponto bastante comentado por Prescott é a própria idealização da amizade. Ele argumenta que muito do imaginário público sobre “amizade verdadeira” é baseado em uma premissa filosófica de Aristóteles. Nesse sentido, uma amizade ideal é constituída de “vontade mútua, admiração e valores compartilhados”.
 
“Esperar que robôs formem laços aristotélicos conosco é estabelecer um padrão ao qual até mesmo as relações humanas falham. Também observamos formas de conexão social que são gratificantes e satisfatórias, mas estão longe da amizade ideal delineada pelo filósofo grego”, lembra o pesquisador.
 
Por último, o acadêmico diz que a literatura científica sugere que seguiremos um caminho bem parecido com o filme "Frank e o Robô". No início da interação os seres humanos zombaram e rejeitaram as inteligências artificiais, até que com o passar do tempo a presença das máquinas seja aceita até que bons laços de companheirismo sejam criados.
 
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