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Representante de mais 24 municípios na regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Bauru é destaque também na agropecuária. Na balança comercial referente aos primeiros cinco meses de 2021, as duas categorias de produtos mais exportadas no raio da regional do Ciesp são ligadas ao agro. A de sementes e frutos oleaginosos, que lidera as vendas ao exterior com US$ 208,4 milhões, e a de carnes e derivados, que aparece em segundo na lista, com US$ 205,6 milhões de vendas externas (veja mais no quadro).
De janeiro a junho deste ano, a regional exportou US$ 1 bilhão de dólares em produtos, um crescimento de 94,7% na comparação com 2020. Os principais compradores da regional Bauru são a China, os Estados Unidos, Bolívia, Reino Unido, Hong Kong, Holanda, Arábia Saudita, Filipinas, Alemanha e Austrália.
Presidente do Sindicato Rural do município, José Maurício Lima Verde explica que a cidade não é altamente produtora de grãos, mas na fruticultura guarda destaque para o avocado, fruto oleaginoso. Nos últimos 4 anos, um novo movimento também tem sido observado no campo, com o surgimento de novas culturas como o amendoim, a batata-doce e melancia. A horticultura orgânica também tem avançado.
Produção agrícola
Segundo o sindicato, o município possui 498 Unidades de Produção Agrícola (UPAs). No último levantamento do Caged, em maio de 2021, o campo era responsável por 968 empregos formais, tendo registrado 7 admissões neste ano e nenhum desligamento até então.
"O solo de Bauru não é rico em nutrientes como a terra roxa e depende de um custo mais alto para a produção", lembra José Maurício.
Ele explica, contudo, que houve uma valorização das terras da cidade nos últimos anos o que fez com que grande parte dos pequenos produtores e pecuaristas arrendassem para o eucalipto e cana parte das propriedades.
"Apesar disso, a pecuária se mostra intensiva, com atuação forte no confinamento. Temos grandes criadores. E somos um polo da pecuária de elite, reprodutores de equino e bovino. Avalio que a cidade tem suas dificuldades, mas ainda tem muito a crescer", observa José Maurício.
