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27/01/2022

Exposição ao vírus requer resguardo de 5 dias

Infectologista afirma que vacina não baixa imunidade e alerta para importância da 3ª dose

Diante da falta de testes, a infectologista Luciana Sgarbi, de Marília, orienta as pessoas a aguardarem cinco dias após contato com alguém com Coronavírus.. Esse é um prazo seguro para saber se foram contaminadas e para receber a vacina contra a doença. A médica alerta que a imunização não baixa a imunidade e que 3ª dose faz total diferença em quadros de Covid.

 

Os cinco dias devem ser considerados a partir do último contato com um paciente Covid. Se nesse período a pessoa não desenvolver sintomas da doença, pode ficar mais segura quanto a não ter sido contaminada.

 

E mesmo que tenha havido contágio, sendo o quadro assintomático (sem sintomas), significa que a carga viral é bastante baixa. Dessa forma, após cinco dias de exposição ao Coronavírus, se o indivíduo não apresentar sinais de Covid pode se socializar (seguindo as orientações de distanciamento, máscara e higienização de mãos).

 

E também está apto a receber a vacina contra a doença normalmente. A médica ressaltou que tem havido muitos casos de pessoas vacinadas desenvolverem a doença logo depois, indicando que já estavam contaminadas quando foram imunizadas, o que não traz danos ao organismo, nem agrava o quadro viral.

 

“Quando a pessoa contrai o Coronavírus, o ideal é que espere 30 dias para receber a vacina porque a doença já eleva naturalmente os anticorpos. Porém, isso não significa que receber ao imunizante estando contaminado representa um risco à saúde. Essa situação ocorre comumente porque muitas pessoas não sabem que foram contaminadas e não traz prejuízo nenhum serem vacinadas nessa condição, nem prejudica a resposta vacinal”, explicou Luciana Sgarbi.

 

Relacionar vacina ao adoecimento é um erro

 

A infectologista alerta que relacionar a vacinação contra Covid ao desenvolvimento da doença é um erro. Segundo ela, se os sintomas vêm logo após a aplicação é porque a pessoa podia estar contaminada quando recebeu o imunizante ou ter se exposto ao vírus em seguida à imunização.

 

Além disso, mesmo pessoas vacinadas com as três doses não estão livres de contrair a doença. O esquema vacinal completo protege do contágio, mas interfere principalmente na resposta do organismo ao Sars-Cov-2, daí a sua importância para reduzir agravos e óbitos. Não existe nenhuma vacina no mundo 100% eficaz contra qualquer doença.

 

“A fala de que a terceira dose baixaria a imunidade não tem absolutamente nenhum respaldo na literatura cientifica. Ao contrário, a terceira dose faz uma diferença significativa e positiva no quadro do paciente contaminado”.  

 

Luciana Sgarbi reiterou que há confusão no entendimento da vacinação contra Covid por conta de casos isolados de imunotolerância, que pode acontecer em situações vacinais diversas (não apenas Covid). Nesses casos, a resposta imunológica de algumas pessoas não ser a estimada, levando a vacina a não ter o nível de proteção esperado.

 

Intervalo de 4 meses para 3ª dose é seguro

 

O intervalo de quatro meses entre a segunda e a terceira dose é seguro. A infectologista afirmou que essa dose de reforço otimiza a resposta imunológica, trazendo uma proteção mais “robusta”, e a orientação quanto ao intervalo das vacinações é segura e correta.

 

“O encurtamento do tempo entre a segunda e a terceira dose, de seis para quatro meses, é ainda mais importante diante da chegada da quarta onda de Covid, com a Ômicron.

 

Ajudando, inclusive, idosos que tomaram a Coronavac no início da campanha a receberem um novo imunizante na terceira aplicação. A Coronavac é uma excelente vacina, mas com uma resposta menor contra a Ômicron”, esclareceu a infectologista.


Fonte:JM


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