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20/05/2021

Furadeira é confundida com arma e gera grande mobilização no Centro

Quem estava na quadra 6 da rua Primeiro de Agosto, no Centro, em Bauru, por volta das 12h desta quarta-feira (19), foi surpreendido por uma intensa movimentação policial. Até o Helicóptero Águia sobrevoou o local. Mas, tudo não passou de um alarme falso. Após um funcionário acionar acidentalmente o botão de pânico das Casas Bahia, a empresa que faz o monitoramento de segurança da loja acreditou que havia um roubo em curso no local, quando viu um grupo de homens 'armados' no estoque e acionou a polícia. Mas, na verdade, as 'armas' eram as furadeiras da equipe de manutenção do próprio comércio.

De acordo com o comandante do 4.º BPM-I, tenente-coronel Fabiano Serpa, a primeira informação que chegou para a Polícia Militar (PM) é de que ocorria um possível roubo com reféns no estabelecimento. "Como é uma loja grande, geralmente esses crimes são cometidos por quadrilhas. Então, mobilizamos todo o efetivo que estava próximo da loja por conta da gravidade que teria a situação e os policiais seguiram todo o protocolo para este tipo de ocorrência. Na loja, pediram para todos deitarem no chão e verificaram o local até terem certeza de que se tratava de um alarme falso", explica.

DIVERSAS EQUIPES

Foram ao local diversas viaturas da PM, da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), do 13.º Batalhão de Ações Especiais (Baep) e o Helicóptero Águia. Inclusive, alguns policiais que estavam em treinamento físico tiveram tempo apenas de colocar os coletes e foram ajudar.

Testemunhas contam que a PM interditou a rua e pediu para que as pessoas dispersassem ou entrassem nas lojas ao redor.

A grande mobilização da corporação chamou a atenção de toda a cidade e diversos vídeos e áudios sobre o caso logo circularam pelas redes sociais. 'Fake news' apontavam que havia reféns, troca de tiros e até mesmo pessoas feridas no local.

'CONFUSÃO'

O coordenador operacional interino do 4.º BPM-I, capitão Gustavo Cardoso Xavier, responsável pela ocorrência, acredita que a equipe da central de monitoramento da loja acabou se confundindo por conta da resolução das câmeras de segurança. "Depois que um funcionário apertou o botão de pânico sem querer, a central visualizou um grupo de quatro a seis pessoas no estoque, viram as furadeiras e se confundiram. Era uma equipe terceirizada de manutenção. Ainda bem que foi só um susto. Fizemos uma reunião com todos da loja para explicar o que tinha acontecido e até fomos aplaudidos por eles", relata.

Ainda de acordo com o capitão, pode ter colaborado para a confusão o fato de a equipe da central de monitoramento já estar em alerta para um possível roubo. "Eles falaram que houve recentemente um roubo em um loja rede, em outra cidade. Então, quando viram as imagens, logo nos acionaram", conclui.

A reportagem do JC foi até as Casas Bahia, porém, nenhum funcionário foi autorizado a falar em nome da loja.

Movimentação surpreendeu e assustou lojistas vizinhos

Larissa Bastos

Os funcionários das lojas ao redor do estabelecimento alvo do 'roubo fake', na rua Primeiro de Agosto, no Centro, relatam que foram surpreendidos pela forte movimentação policial, porém, assim que souberam que se tratava de um alarme falso, puderam desfrutar da sensação de alívio.

"Fiquei assustada quando as viaturas chegaram, porque os policiais desceram armados, alguns com fuzis. Veio até helicóptero. Mas, depois, vimos que não era nada grave e fiquei aliviada", conta a vendedora Deyzid Vieira, de 35 anos, que trabalha em um estabelecimento de móveis.

Por outro lado, Selma Rove de Lima, de 37 anos, vendedora de uma loja de colchões, afirma que recebeu várias 'fake news' até descobrir que se tratava de um alarme falso. "Trabalho aqui há três anos e nunca tinha visto uma movimentação assim. Ouvi dizer que tinha refém, ferido na parte de cima da loja, mas o que eu vi mesmo foram os policiais pedindo para que as pessoas que não estivessem trabalhando dispersassem, e que era uma possível ocorrência de roubo. Mas, depois, soube que não era nada demais", relata.

Já a vendedora Joice Giovana, de 25 anos, funcionária de uma loja que fica em frente às Casas Bahia, encarou com curiosidade a situação. "A rua estava com um movimento bem tranquilo. De repente, começou a chegar um monte de viaturas e fiquei curiosa. Fiquei observando e também fiz várias filmagens", relata. A colega de trabalho dela, Bruna Valencia, de 23 anos, complementa que, mesmo diante da possibilidade de ser um assalto com reféns, se sentiu segura por conta da grande quantidade de policiais.



Fonte: JC Net
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