Grupo precisa de novos voluntários para 'abraçar' Parque Vitória Régia

Cuidar do que é nosso! É com este espírito que um pequeno grupo de bauruenses voluntários está se dedicando três vezes por semana ao Parque Vitória Régia, cartão postal da cidade. Eles plantam girassóis, coletam lixo esparramado, retiram garrafas do lago, fiscalizam o que precisa ser consertado e comunicam à prefeitura, alimentam corretamente os patos e ainda conscientizam os visitantes.

O projeto "Abrace o Parque" existe há nove meses, contou com um grupo fixo de participantes ativos, mas devido aos compromissos pessoais e mudanças de cidade de alguns deles, os voluntários precisam de mais braços para poder manter o local frequentemente bem cuidado.

Um dos idealizadores do projeto, o jornalista e artista plástico Adilson Motta, conta que plantava girassóis frequentemente no parque, quando ele e o amigo Jaime Prado, também jornalista e cinegrafista, perceberam que o lago e as imediações estavam muito sujos, além do que já costumava ser.

"Não tinha cabimento continuar daquele jeito. Foi em 10 de julho que fundamos o projeto e recebemos ajuda de amigos voluntários para cuidar do Vitória Régia desde então", recorda.

AMPLIAÇÃO

O problema é que a maioria destes amigos deixou a cidade e agora tanto Adilson quanto Jaime convocam os munícipes para participar das ações e ampliar o voluntariado. "O parque é lindo, é nosso patrimônio e é muito grande. Pedimos para que todos os interessados em fazer parte do nosso grupo que entrem em contato e venham ajudar. Estamos aqui todas às terças, quintas e sábados, das 8h às 10h. O ponto de encontro é a área dos trailers. E não precisa vir os três dias. Quem puder vir uma vez na semana vai ser muito útil e ajudar bastante", reforça.

AÇÕES

O "Abrace o Parque", segundo Adilson, já teve a iniciativa de se reunir com Clodoaldo Gazzetta, no ano passado, então prefeito de Bauru, e mais recentemente conversaram com a atual, Suéllen Rosim. Eles acionam com frequências as secretarias da cidade, entre elas a Semma que, a pedido, colocou 13 lixeiras novas.

Os voluntários, inclusive, ajudam a retirar o lixo quando ele está transbordando. Além disso, se organizaram para inserir 32 placas educativas, com temas para proibição do nado e pesca no lago, para recolha de fezes dos pets, jogar lixo no local correto e não alimentar os animais. 

Agora eles buscam parceria da iniciativa privada para fazer um alambrado no entorno da nascente do lago.

FUTURO

O voluntário Adilson Motta acrescenta que após a pandemia se dissipar o projeto irá além da preservação. "Vamos fazer ações envolvendo o Viveiro Municipal, a Semel e as Secretarias de Educação e Cultura, promovendo o ensino de valores da natureza, propiciando as crianças o plantio de flores, plantas, realizando atividades esportivas e culturais para a terceira idade e utilizar o anfiteatro mais vezes", diz o voluntário, esperançoso de comemorar, em julho, o primeiro aniversário do projeto com diversos novos colaboradores.