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01/05/2021

Há 52 anos na mesma empresa: 'Só não vale se acomodar!'

Dos 66 anos de vida, que se tornarão 67 na próxima segunda-feira (3), Sueli Pires dedicou 52 ao seu primeiro e único emprego. Apesar de ter trabalhado a vida inteira em apenas uma empresa, neste Dia do Trabalho, celebrado em todo 1 de maio, ela adverte: "Só não vale se acomodar". A profissional, que começou a atuar na Tilibra aos 14 anos como aprendiz no Setor de Encadernação, ocupa o cargo de gerente de RH.

Formada em Letras, pós-graduada em RH e com MBA em Gestão Empresarial, Sueli relata que nunca deixou de estudar. A profissional começou a trabalhar na Tilibra em outubro de 1968 como aprendiz, função que desempenhou até agosto de 1975, quando recebeu uma promoção para o cargo de subchefe do Setor de Pessoal. "Na ocasião, eu era inexperiente e só havia atuado na produção", complementa.

A oportunidade a estimulou ainda mais a estudar. "Eu fiz vários cursos e, em 2005, fui promovida a gerente de RH, cargo que ocupo até hoje", acrescenta. Aos 47 anos, Sueli se aposentou nesta função, mas, mesmo assim, optou por permanecer na ativa.

A seguir, ela fala sobre a sua trajetória e os seus maiores desafios, entre eles, o choque de gerações. Confira alguns trechos da entrevista:

Jornal da Cidade - Você trabalha no RH. Atualmente, é comum um funcionário ficar por tanto tempo na mesma empresa?

Sueli Pires - Na Tilibra, o tempo médio de permanência dos funcionários é de 14 anos. Há vários motivos que contribuem para tanto, entre eles, a cultura que define os valores, a missão, os princípios, o propósito e as crenças da empresa, incentivando os trabalhadores a atuarem em torno do mesmo objetivo e, assim, se sentirem parte integrante da organização. Nós não devemos nos acomodar. 

JC - O perfil do trabalho e dos trabalhadores mudou neste período?

Sueli - A tecnologia, a globalização, o mercado cada vez mais competitivo, a constante exigência de capacitação profissional, a necessidade de manter a produtividade e a motivação, a importância da comunicação interna e, agora, o trabalho remoto. Enfim, são muitas mudanças. Um dos temas mais desafiadores para as empresas diz respeito ao choque de gerações. Porém, ao mesmo tempo, o fenômeno permite a existência de diferentes habilidades e competências dos profissionais, características que, hoje, são importantes aliadas para o sucesso do negócio.

JC- Quais são as vantagens e desvantagens em permanecer tanto tempo na mesma empresa?

Sueli - Não sei se existem vantagens ou desvantagens em permanecer por muito tempo na mesma empresa, mas os funcionários têm de estar alinhados ao seu plano profissional. Talvez, uma eventual troca de emprego não garanta a sua adaptação. Por outro lado, se você é um trabalhador comprometido, a sua carreira fluirá normalmente, independente do tempo que passou na empresa. Só não vale se acomodar.

JC - Hoje, o mundo corporativo tem alguma preferência de perfil dos empregados?

Sueli - O mundo corporativo busca por candidatos mais adequados à posição que deverão assumir, ou melhor, eles terão de se encaixar na cultura e nos valores da empresa. Muitas vezes, isso independe da sua trajetória profissional.

JC - O que de mais importante você levará de experiência?

Sueli - Muito do que eu sei aprendi na empresa. Foi ao lado de cada pessoa com quem trabalhei ou ainda trabalho que pude ter contato com ensinamentos que levo e levarei para toda a vida. Sempre tive o reconhecimento de um trabalho bem feito e nunca deixei de me dedicar. A minha gratidão é compartilhada com as equipes que me acompanharam por esta jornada tão longa e feliz.



Fonte: JC Net
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