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18/02/2021

Há um ano sem medir infestação, Bauru terá mutirão contra dengue

Conhecida por desencadear epidemias em anos ímpares em Bauru, a dengue se tornou uma preocupação constante das autoridades locais em 2021. Além do sistema de saúde já enfrentar sobrecarga com a Covid-19, outro fato que gera um alerta a mais a esta realidade é que a cidade não tem o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) desde fevereiro de 2020, por recomendação do próprio Ministério da Saúde, para evitar a disseminação do coronavírus. Em meio a esse quadro, a prefeitura, em parceria com a Unimed Bauru, lançou o Big Busca Bauru na manhã desta quarta-feira (17). A ação, conforme o JC antecipou na última semana, visa recolher possíveis criadouros do Aedes na região Noroeste e parte da Oeste a partir da próxima segunda-feira (22).

A coletiva de imprensa de lançamento contou com a presença da prefeita Suéllen Rosim, do titular da Secretaria Municipal de Saúde e vice-prefeito, Orlando Costa Dias, além de diretores da pasta e da Unimed Bauru.

No seu discurso, a chefe do Executivo reafirmou a preocupação com a possibilidade de o município enfrentar duas epidemias neste ano: a da Covid-19 e a da dengue. "Nós não tínhamos motivos para não nos unir com a Unimed Bauru para prevenir mais um grande problema", acrescenta.

O secretário Orlando Costa Dias, por sua vez, destacou a importância das ações preventivas. "Mesmo com poucos casos, por enquanto, os anos ímpares, em Bauru, são conhecidos por abrigar epidemias de dengue", complementa.

Presidente da Unimed Bauru, Emerson Cardia de Campos revela que, desde 2012, a cooperativa tem uma parceria com a Prefeitura de Bauru, na qual ambas desenvolvem ações de combate à dengue. "É um retorno da Unimed aos seus usuários e à população em geral, que também precisa de cuidados", reforça.

SEM LIRAA

Diretor da Divisão de Vigilância Ambiental, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, Roldão Antonio Puci Neto frisa que o Big Busca Bauru visa estimular o público a recolher materiais inservíveis propensos a acumular água, como pneus, latas, garrafas, potes e móveis velhos, dentro das suas respectivas residências.

Ele afirma que tal ação ganha ainda mais importância, uma vez que a cidade está sem o Liraa há um ano. "Para fazer o levantamento, nós precisamos entrar nos imóveis, aumentando o risco de transmissão do novo coronavírus. Por isso, por recomendação do Ministério da Saúde, o Liraa está suspenso há um ano".

O diretor da Vigilância Ambiental reconhece que, sem o levantamento, não dá para ter uma noção real da situação da dengue no município. "Nós ficamos apenas com o indicador epidemiológico e a série histórica de casos", pontua, ressaltando a relevância do Big Busca Bauru para prevenção do problema.

CRONOGRAMA

A ação contará com cerca de 150 pessoas, incluindo voluntários da Comunidade Terapêutica Restaurar, que passarão nas casas recolhendo os itens e orientando a população de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.

Cada bairro será visitado pelos oito caminhões da coleta em dias específicos. De 22 a 25 de fevereiro, a ação se voltará para as seguintes regiões: Bela Vista, Vila Lemos, Parque União, Parque Roosevelt, Vila Seabra, Jardim Petrópolis, Jardim Progresso, Alto Alegre e Vânia Maria.

De 26 de fevereiro a 1 de março, a visita ocorrerá no Santa Edwirges, Parque Jaraguá, Nove de Julho e Fortunato Rocha Lima. Entre os dias 1 e 3 do mês que vem, será a vez do Nova Esperança, Jardim Prudência, Jardim Andorfato e Núcleo Edson Francisco da Silva.

A Vila Dutra receberá a ação em 4 de março. No dia seguinte (5), a iniciativa terminará no Val de Palmas, Santa Cândida, Vila Industrial, Bosque da Saúde e Parque Real.

Paralelamente, os agentes da Saúde já vistoriam os quintais da população e dão orientações sobre os cuidados com a água parada. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, a recomendação é de que os servidores fiquem apenas na área externa das casas.

OUTROS MUTIRÕES

Além da ação que começa na próxima semana, o diretor da Divisão de Vigilância Ambiental, Roldão Antonio Puci Neto, garante que ocorrerão outros dois mutirões deste porte ao longo de 2021, focados, principalmente, nas chamadas regiões de risco.

Elas serão selecionadas com base no histórico epidemiológico da doença.

Em números

As epidemias de dengue, em Bauru, costumam se manifestar em anos ímpares. Para se ter ideia, em 2019, a cidade registrou 26.250 casos da doença, dos quais 42 vieram a óbito. No ano passado, foram 795 ocorrências e nenhuma morte. Já em 2021, de 1 de janeiro a 16 de fevereiro, o município contabilizou 25 casos e não houve qualquer óbito.



Fonte: JC Net
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