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06/04/2021

Igrejas suspendem as celebrações presenciais até esta quarta-feira

Igrejas católicas e evangélicas de Bauru, denominações que possuem maior número de fiéis, deverão ficar fechadas pelo menos até quarta-feira (7), data em que os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) irão analisar a legalidade da retomada das celebrações religiosas presenciais no País. O julgamento em plenário foi agendado após o ministro Gilmar Mendes manter, nesta segunda-feira (5), o veto a atividades religiosas dentro de templos do Estado de São Paulo.

No sábado, porém, o ministro Kassio Nunes Marques havia autorizado a realização de celebrações em todo o País, com 25% da capacidade máxima de público. No domingo, as missas e cultos ocorreram normalmente no município, porém, com a discordância de entendimento trazida pela decisão de Mendes, a recomendação da Diocese de Bauru e do Conselho de Pastores Evangélicos de Bauru é para que haja cautela.

"Com a decisão de sábado, a expectativa era de que houvesse missas durante a semana toda. A Diocese entende que é necessário acatar as regras que são estabelecidas e, por isso, neste momento, acha prudente aguardar", comenta o padre Marcos Pavan, da Igreja São Cristóvão.

De acordo com ele, desde segunda até quarta-feira, todas as atividades religiosas serão realizadas de forma virtual, como já vinha ocorrendo anteriormente. A mesma recomendação é feita pelo Conselho de Pastores Evangélicos, conforme destaca o presidente da entidade, pastor Edson Valentim Freitas Filho.

"Desde o início, orientamos os pastores a seguirem todos os protocolos sanitários e a respeitarem a decisão das autoridades. Se houver permissão para a retomada dos cultos, iremos retomar, observando os critérios que forem estabelecidos. Como as pessoas que frequentam as igrejas são mais disciplinadas, este é um ambiente seguro", avalia.

PREFEITA

Em meio às discordâncias entre ministros, a reportagem perguntou à assessoria da Prefeitura de Bauru se Suéllen Rosim é favorável à reabertura dos templos religiosos ao público neste momento, mas o órgão se limitou a informar, por nota, que a chefe do Executivo bauruense "vai seguir as decisões do STF".

No sábado, o ministro Nunes Marques havia autorizado a realização de cultos e missas no País por entender que Estados e municípios não podem editar decretos que proíbam completamente celebrações religiosas presencias. Na decisão, que atendeu a pedido de liminar da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), Marques defendeu que o acolhimento e o conforto espiritual são essenciais durante a pandemia.

Nesta segunda, porém, em outra ação, o ministro Gilmar Mendes negou pedido protocolado pelo Partido Social Democrático (PSD), que contestava o decreto estadual que proibiu a realização de cultos e missas presenciais como medida para conter o avanço da Covid-19. A sigla alegava que a restrição é inconstitucional, por ferir a liberdade religiosa.

Mendes, no entanto, argumentou que o veto às atividades presenciais não impede que os indivíduos exerçam sua religiosidade e que "apenas uma postura negacionista autorizaria resposta em sentido afirmativo" pela liberação dos cultos e missas. 



Fonte: JC Net
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