Uma tradicional avenida de Bauru, cujo fluxo de trânsito e pedestres vem se expandindo rapidamente ao longo dos últimos anos, devido aos novos empreendimentos imobiliários na zona sul, também vem causando insegurança para quem reside ou trabalha por ali. A avenida José Vicente Aiello é um importante elo viário entre a região central da cidade, iniciando na rotatória da Praça Cláudio Sacomandi, na Comendador José da Silva Martha, e seguindo por seis quilômetros até a rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-225 - a Bauru-Ipaussu).
A reportagem esteve no local conversando com moradores e se deparou com velocidade excessiva de carros, motos e caminhões nas quadras 29, 28, 27 e 26, que estão desprovidas de sinalização adequada de placas, entre elas a de controle de velocidade. Mais para o meio do trecho, região do Cemitério Jardim do Ipê, há radares cuja velocidade máxima permitida é de 60km/h. E próximo dos condomínios Tivoli há lombadas.
Segundo o músico e produtor musical Nél Marques, de 40 anos, já foi solicitado por ele à Emdurb lombadas em frente ao numeral 28-08, onde há constante passagem de pedestres e embarque e desembarque de passageiros de ônibus. Outro problema apontado é que o ponto de circular já não existe mais faz muito tempo e não foi reposto. "Há um excessivo abuso de velocidade aqui, o dia todo. Já vimos 'rachas' de carros, inclusive com um deles atingindo um poste. Na sexta-feira (7), um ciclista foi atingido por um veículo devido ao fato de não ter acostamento e nem calçada. Por sorte ele não se feriu gravemente. Mato alto e a vegetação encostada na rua também atrapalham. Já houve cachorros atropelados aqui, batidas, e sempre encontramos na avenida gambás e tatus mortos. É uma tragédia anunciada esse trecho final", reclama.
O morador Nél Marques acrescenta que os veículos, assim que passam pelos radares, no sentido bairro-rodovia, passam a acelerar porque nas quadras finais não há nada que os impeçam de fazer isso. "Os carros de luxo são os que mais correm aqui", reitera.
FAUNA
Preocupado também com os animais que sempre são mortos ao tentar atravessar a pista, transitando entre as áreas de mata preservadas, o músico sugere que as autoridades do município avaliem a possibilidade de inserirem ali uma passagem para a preservação da fauna, criando um caminho seguro para o tráfego de animais. Algo que tem sido feito em diversas rodovias da região.
A Emdurb confirma que recebeu queixa do reclamante, por e-mail, pedindo obstáculos, e que foi formalizado um processo e encaminhado à diretoria de trânsito e transportes para análise. Sobre a ausência de placas, a Emdurb analisará o trecho por meio da engenharia de trânsito. E com relação à inexistência do ponto de ônibus no local de embarque e desembarque, o órgão cita que a parada de ônibus neste local é irregular. E acrescenta que como não há acostamento, não é possível implantar ponto nem autorizar a parada de ônibus, uma vez que tal ação pode ocasionar acidentes.