Jovem de Assis aguarda há quase três meses por cirurgia ortopédica
O jovem de Assis Geovane Luiz de 24 anos aguarda há dois meses e 20 dias por uma cirurgia para colocação de uma placa no fêmur e poder voltar a andar.
Geovane e um amigo sofreram um acidente de moto no dia 23 de dezembro e ambos fraturaram o fêmur direito, ficando 15 dias internados com um fixador na perna fraturada.
"Desde a colocação do fixador estou na cama, sem poder me locomover. A Santa Casa de Assis, onde sou atendido pelo SUS, já marcou a cirurgia para a colocação da placa bloqueada de oito furos, que é o modelo adequado para a fratura que sofri, três vezes e desmarcou a cirurgia em todas elas. A cada vez alegava algo diferente, como a pandemia do Coronavírus e a falta de leitos, ou que a placa não havia chegado", explica.
Geovane Luiz, 24 anos
Geovane relata que o amigo precisa da mesma cirurgia que ele, e que nesta semana a mãe deste amigo foi até o Hospital perguntar novamente sobre a cirurgia.
"Para ela explicaram que a placa que precisamos não é fornecida pelo SUS para a Santa Casa e que deveríamos ser transferidos para outro hospital para que a cirurgia seja feita. Mas, estamos há quase três meses aguardando e somente agora estão dizendo isso, pois antes falavam diversas coisas diferentes, e em outra oportunidade disseram no dia em que eu seria internado que a cirurgia não daria certo", conta.
O jovem relata que a família do amigo vendeu o carro para conseguir o valor da cirurgia que custa em torno de R$ 30 mil, e ele será operado na próxima semana.
"Eu não tenho condições de pagar pela cirurgia. Preciso que a Santa Casa me encaminhe para um hospital onde eu possa fazer a cirurgia pelo SUS, pois preciso trabalhar, não posso mais ficar na cama com a perna da forma que está", reclama.
Procurada pela reportagem, a Assessoria de Imprensa da Santa Casa informou que os pacientes encontram-se em tratamento e aguardam cirurgia pelo Sistema Único de Saúde - SUS.
A Santa Casa afirmou ainda que a pandemia tem interferido na rotina hospitalar, no fluxo de cirurgias e também nas distribuições de insumos e materiais necessários para a realização do atendimento hospitalar e que a Provedoria e a Ouvidoria, com a diretoria técnica do Hospital, estão acompanhando os casos para que as cirurgias sejam realizadas o mais breve possível.
O questionamento feito pela reportagem em relação à possível transferência do rapaz para acompanhamento em outra unidade hospitalar, não foi respondido.