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26/03/2021

Lançado com carreata, 'Reage SP' orienta volta do comércio em Bauru

Foi com uma carreata que comerciantes de Bauru participaram do lançamento do "Reage SP" na manhã desta quinta-feira (25). O movimento, que conta com o apoio de entidades empresariais do município, orienta a retomada a quem está à beira de falir, mesmo em meio à fase mais restritiva do Plano SP, e pede a abertura definitiva do Hospital das Clínicas (HC). Se quiserem, as empresas já podem reabrir nesta sexta-feira (26), afirma a campanha (leia mais abaixo).

Idealizado por Walace Sampaio, que se afastou da presidência do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região (Sincomércio) para se dedicar integralmente ao "Reage SP", o movimento possui um grupo de advogados voluntários. Os profissionais darão assistência jurídica àqueles que desrespeitarem a fase emergencial do Plano São Paulo, que determina que o atendimento somente por delivery e drive thru no comércio.

Sampaio orienta os empresários que estão na iminência de fechar as portas de uma vez por todas a receber o público, desde que respeitem algumas medidas de segurança, como o uso obrigatório de máscaras, a disponibilização de álcool em gel e o distanciamento interpessoal de 1,5 metro. "O 'Reage SP' nasce para defender o direito fundamental ao trabalho, assegurado pela nossa Constituição", complementa.

O movimento, segundo o ex-presidente do Sincomércio (o órgão, agora, é presidido por Roberto Guandalini), conta com o apoio de várias entidades empresariais da cidade, como o próprio sindicato, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib).

De acordo com o presidente da CDL, o comerciante Odair Secco Cristovam, que participou da carreata, a entidade apoia o "Reage SP", porque os empresários precisam trabalhar para sobreviver. "Ninguém nos ajuda a pagar as contas", complementa.

Cristovam também destaca a necessidade de abrir os leitos no HC. "Desde o início desta reivindicação, nós colocamos uma faixa na nossa sede em apoio ao movimento", acrescenta.

Músico e proprietário de bar, Kadu Reis esteve no lançamento da campanha em apoio ao comércio propriamente dito. "Eu reconheço que os estabelecimentos com shows ao vivo, como o meu, devem esperar mais um pouco, afinal, ainda não dá para aglomerar", argumenta.

TRAJETO

O "Reage SP" foi lançado com uma faixa mostrando a imagem do governador João Doria fantasiado de Pinóquio e carreata. O trajeto teve início na sede do Sincomércio, que fica na quadra 14 da avenida Nações Unidas. Depois, a iniciativa seguiu para as ruas Araújo Leite, Primeiro de Agosto e Alfredo Ruiz até cair na Rodrigues Alves. De lá, os veículos que aderiram à ação retornaram para o seu ponto de partida.

A Polícia Militar (PM) garantiu a fluidez do trânsito ao longo de todo o percurso.

A carreata foi puxada por um caminhão de som, onde estavam alguns comerciantes, o ex-presidente do Sincomércio e o vereador Luiz Eduardo Penteado Borgo (PSL). Os carros, inclusive, chegaram a fazer uma parada em frente à Câmara de Vereadores, na anvenida Rodrigues Alves.

Walace deve se reunir com empresários hoje

Walace Sampaio deve se reunir nesta sexta (26) com empresários de diversos segmentos da cidade para alinhar detalhes de reabertura e tirar dúvidas. Entretanto, segundo o movimento, os comerciantes que foram orientados ontem, se optarem por reabrir agora cedo, já estão respaldados pelo "Reage SP". Ele reforça que são atos pacíficos e cita que, caso os fiscais abordem os estabelecimentos, os lojistas poderão formar um "cordão humano" para que o agente, se quiser, multe do lado de fora.

"Cada empresário vai tomar a sua decisão de reabrir ou não. E quem reabrir não vai descumprir lei alguma e ainda terá respaldo jurídico. Reconhecemos a situação grave de pandemia, mas cerca de 1.600 empresas já encerraram suas atividades em Bauru. Todos estão no limite. Ou o empresário resiste ou desiste. Não há alternativa", comenta o líder do "Reage SP".

Sampaio reforça que não há decreto publicado pela Prefeitura em Bauru obrigando o comércio a ficar fechado. "Já ficamos de portas fechadas cinco meses de doze. Pedir para ficar mais tempo fechado é desumano. Já recebemos contatos de outras cidades e o movimento deve se espalhar em breve por todo o Estado", finaliza.



Fonte: JC Net
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