31/07/2021

Lucas Pocay nomeia 50 comissionados na Prefeitura de Ourinhos e realoca 44 cargos considerados ilegais pela justiça

Como esperado e já antecipado pelo Passando a Régua, o prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay (PSD), esperou o último Diário Oficial do Município do mês de julho, para nomear 50 "novos" cargos comissionados na Prefeitura, sendo que 44 são "figuras", mais que carimbadas, que voltam, após terem sido exonerados no dia 28 de junho, em cumprimento de medida judicial (clique e relembre). Tentando ludibriar a justiça, mais uma vez, o prefeito, que já foi condenado pelo mesmo motivo, apenas alterou os nomes dos cargos e renomeou as mesmas pessoas, o que deixa claro a manobra, visando onerar ainda mais os cofres públicos, de forma ilegal (confira abaixo a relação dos cargos que foram exonerados e retornam agora). (clique aqui para baixar a tabela abaixo)

Toda essa manobra foi premeditada por Lucas Pocay, porém executada em conjunto com os vereadores aliados, na Câmara Municipal de Ourinhos, que aprovaram a Lei Complementar 08/2021, que criou duas novas secretarias (Inclusão e Planejamento), chegando ao número de 18 no total e de quebra uma "penca" de 123 cargos comissionados.

Só com os salários dos 50 cargos nomeados nesta sexta-feira, 30, a Prefeitura vai gastar, por mês, R$246.400,00. Muitos vão receber mais agora, do que recebiam nos antigos cargos, já que evoluíram do CC3 (R$4.200 mensais) para o CC2 (R$5.000,00 mensais), ou até para o CC1 (R$6.200,00).

Lucas também fez a transferência de servidores comissionados e cargos de função de confiança, que estavam nomeados na Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças, que foi dividia em duas (Sec. de Planejamento e Sec. de Finanças).

Osvaldino Araujo Alves, Secretário Municipal de Planejamento e Finanças, agora será o secretário de Planejamento e Idevaldo Fioravante Da Costa Netto, que era secretário-adjunto e recebia R$6.200,00, vai ter um salário de R$8.934,00, como secretário de Finanças.

Quase todas as nomeações foram feitas com datas retroativas, ou seja, uma prova que muitos estavam trabalhando sem ao menos estarem devidamente nomeados.