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28/03/2021

Máscara profissional é mais indicada, mas a de tecido ainda deve ser usada

O surgimento de variantes da Covid-19 e a segunda onda da doença no País levantaram a dúvida se as máscaras de tecido continuam sendo eficientes para prevenir a contaminação pelo coronavírus. Chegou a ser dito que, agora, apenas os modelos profissionais, como a N95/PFF2, poderiam oferecer a proteção necessária. Segundo especialistas, é verdade que estas últimas são mais indicadas, porém, não há comprovação científica de que as de pano - com, pelo menos, duas camadas - são menos eficazes contra as novas cepas. Por isso, elas ainda são indicadas e devem continuar sendo usadas pela população (veja as recomendações no quadro).

De acordo com a enfermeira Juliana Aoki, que trabalha no Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência (Sciras) do Hospital São Francisco de Bauru, do Grupo Hapvida, as máscaras profissionais são as que proporcionam maior proteção em relação a doenças respiratórias, inclusive contra o coronavírus. Elas são recomendadas principalmente para uso em locais com alto risco de contaminação, como em hospitais, e onde há grande circulação de pessoas. "Só que um modelo profissional em que os elásticos não passam atrás da cabeça, por exemplo, não tem a mesma capacidade de vedação", explica.

Além disso, ainda segundo a enfermeira, as máscaras profissionais que tiverem uma válvula não são recomendadas. "Antes da pandemia, esse tipo era indicado para a construção civil e para quem trabalha em laboratório, porque filtra bem o ar que entra, mas a válvula facilita a saída de ar da máscara e oferece risco de contaminação para quem está ao redor", pondera.

Ela ainda ressalta que a proteção oferecida pelos itens está atrelada principalmente à forma como são usados, e não necessariamente aos modelos. "As pessoas, por exemplo, não podem dobrar, lavar, amassar ou passar álcool para higienizar as máscaras N95 ou PFF2. Antes de serem reutilizadas, devem 'descansar' por 48 horas em local arejado. E é importante verificar, antes de comprar, se as máscaras possuem o selo do Inmetro", alerta Juliana Aoki.

Inclusive, segundo ela, as máscaras profissionais não são recomendadas para crianças e adolescentes, pois são de tamanho único e podem não proporcionar a vedação adequada.

OUTROS MODELOS

Já a máscara de pano, para oferecer proteção, deve ter, no mínimo, duas camadas, e ser substituída por outra no rosto após duas ou quatro horas de uso, ou quando estiver úmida. "É preciso, principalmente, estar bem ajustada ao rosto para vedar ao máximo a passagem de ar pelas laterais. As que forem de um tecido fino ou ficarem caindo, mostrando o nariz e a boca, não servem, porque não cumprem com o objetivo de evitar que a pessoa fique exposta às gotículas que estão no ar", complementa a enfermeira.

Por outro lado, as cirúrgicas ou descartáveis oferecem melhor proteção que as de tecido, mas precisam ser trocadas nas mesmas condições - após duas ou quatro horas de uso, ou quando estiverem úmidas -, mas nunca devem ser reutilizadas.

E a face shield?

jeshoots.com

De acordo com Juliana Aoki, a proteção facial (face shield) deve ser usada apenas como complemento às máscaras, pois evita que gotículas atinjam os olhos.

Por fim, a enfermeira explica que todas as máscaras podem ser descartadas em lixo comum, desde que estejam dentro de um saco plástico fechado. "Vale lembrar também que sujar a máscara com maquiagem pode reduzir a vida útil dela e a barba dos homens acaba por reduzir a vedação das proteções", finaliza Aoki.



Fonte: JC Net
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