"Minha mãe é um milagre de Deus depois de ter 75% do pulmão comprometido pela COVID", relata filho de Edineia de Camargo Bermejo
"O maior medo de todos é a morte, ainda mais pessoas iguais a minha mãe, com diversas comorbidades. Ela é prova viva de que há esperanças em vencer a COVID, e isso que é bom as pessoas saberem. Minha mãe deu a morte como certa, mas foi forte e venceu", esse é o relato de Diego Bermejo, de 31 anos, que enfrentou junto com mais 6 pessoas de sua família a COVID-19.
A história dessa família tem como final feliz a recuperação de 7 pessoas, que foram ao mesmo tempo contaminadas pela COVID-19 e em união se recuperaram e deram forças para Edineia de Camargo Bermejo, de 54 anos, que ficou com 75% do pulmão comprometido e viu a morte na sua frente.
"Minha mãe é um milagre! Ela tem diversas comorbidades, obesidade, diabetes e pressão alta. Nós sabíamos que o risco de morte para esse grupo era muito grande e por isso tivemos medo. O medo da morte é triste, ainda mais quando é alguém que você ama e não pode fazer nada para salvar a vida dessa pessoa", desabafa Diego.
Além de Edineia, também se contaminaram com a doença Diego de Camargo Bermejo, de 31 anos, Lays de Souza Bueno, de 25, Enzo Bueno Bermejo, de 2 anos e 7 meses, Dayane de Camargo Bermejo, de 27, Bruno Adriano Alves de Lima, de 22, Edenilson Jose de Camargo, de 49 anos e Mauricio Bermejo 63 anos.
"Minha família é cheia de vitoriosos. Foram 7 contaminados, que se ajudaram nessa fase difícil, com pensamentos positivos e muita fé. Meu pai, Maurício Bermejo, de 63 anos, teve uma pneumonia leve e ainda está em tratamento, mas graças a Deus nos recuperamos e tenho orgulho da força que tivemos", diz Diego emocionado.
7 pessoas da família de Diego foram contaminadas pela COVID-19
Momentos decisivos
Edineia estava aparentemente bem até seu nono dia de sintomas, mas foi o oxímetro que salvou a vida dela. "Sempre medíamos a saturação dela que permanecia em 96 e 97, mas no décimo dia ela apresentou muito cansaço, e com o oxímetro identificamos que a saturação dela estava em 86 e imediatamente a levamos para a UPA", conta o filho.
Ao chegar na Unidade de Pronto Atendimento, foi constatado que Edineia estava com 75% de seu pulmão comprometido e a partir dali já se iniciou a busca por uma vaga. Ela foi internada na Santa Casa de Assis, onde permaneceu durante todo o tratamento.
Recuperação
Na quinta-feira, 20 de maio, Edineia recebeu alta e voltou para a casa. Após ver a morte de frente, estar com a mãe em segurança e em recuperação é a maior alegria de Diego e de toda a sua família.
"O maior medo de todos quando são internados com toda certeza é a incerteza e o medo da morte. Todos os pacientes que precisam de internação ficam com o psicológico muito abalado e o medo da morte toma conta do paciente e de todos os familiares, mas nós podemos dizer que vencemos a COVID-19", declara.
Edineia de Camargo Bermejo recebeu alta na quinta-feira, 20
Agradecimento e lição
Diego tem orgulho em compartilhar a história de sua família com o Portal AssisCity e deixou os agradecimentos aos profissionais da linha de frente, que trataram da saúde de Edineia.
"Os nossos agradecimentos se estendem, além de Deus, para todos os profissionais da Santa Casa de Assis, que cuidaram da minha mãe da forma mais incrível do mundo e não deixaram de medir esforços para salvarem a vida dela", agradece Diego.
E para aqueles que ainda se encontram aflitos com a vida de seus familiares em risco e estão na mesma situação de Edineia, o Diego deixa um recado.