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03/02/2021

'Mini hospital' Covid tem 90% de ocupação em leitos de casos graves

Considerada a principal unidade municipal de saúde para atendimento à Covid-19, o 'mini hospital', criado na semana passada, tem registrado ocupação média de 90% dos leitos destinados para pacientes graves. O local é formado por uma aglutinação ocorrida entre o Pronto-Socorro (PS) Central e o Posto de Atendimento da Covid-19 (PAC) e possui, hoje, um total de 16 leitos com suporte ventilatório (respiradores). Nos últimos dias, 14 estão ficando ocupados.

Unidade de passagem para casos graves da Covid-19 na cidade, o 'mini hospital' é uma das portas de entrada, por exemplo, para o Hospital Estadual (HE), que é a referência regional para o tratamento do novo coronavírus.

Conforme o JC vem noticiando, o HE tem registrado superlotação diária, com 100% de ocupação das UTIs para Covid-19. Esta situação tem pressionado cada dia mais a rede de assistência municipal, que leva mais tempo para transferir pacientes via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).

Segundo o secretário municipal de Saúde e vice-prefeito, Orlando Costa Dias, a ocupação piorou em janeiro, após as festas do fim de ano. "Antes, o PAC sozinho e com 10 leitos tinha média de 60% de ocupação", compara.

TRANSFERÊNCIA

Ele afirma que a transferência dos casos graves para os hospitais têm levado em média 48 horas. "Temos conseguido um rodízio rápido, apesar da situação dos hospitais. Claro que, às vezes, no fim de semana, pode acontecer de o paciente esperar 72 horas, mas a média é 48 horas", reforça Orlando Dias.

É justamente pelo caráter passageiro do serviço e por não contar com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), mas sim com leitos de Unidades para Pacientes Graves (UPGs), que são menos estruturados, que o 'mini hospital' também não entra para as estatísticas oficiais de vagas do Estado.

O secretário explica, desse modo, que a unidade municipal não substitui um hospital, apesar do nome. "No hospital, há mais estrutura para atendimento. O paciente consegue interconsulta para qualquer outra comorbidade que tenha. Geralmente, quem precisa de UTI tem outras doenças, como diabetes, hipertensão e problema renal. Então, tudo isso complica o quadro da Covid-19 e, dentro da estrutura hospitalar, o cuidado é melhor", compara o médico. "Mas, nossas equipes são treinadas e têm experiência em atender. Se precisar, o paciente pode ficar por uma semana ali [no 'mini hospital']", completa Dias.

LEITOS CLÍNICOS

Além dos 16 leitos de UPGs, o 'mini hospital' Covid, criado com a junção do PS/PAC, conta também com outros dez leitos clínicos para quadros mais leves da doença, mas, neste caso, a rotatividade é maior. "Para pacientes com quadro leve, conseguimos a vaga no mesmo dia, normalmente, porque a ocupação desses tipos leitos nos hospitais não é alta", explica Orlando Costa Dias.

A prefeitura possui ainda outros dez respiradores sobressalentes que recebeu de doação, mas eles estão parados na secretaria, neste momento, à disposição do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-6) e da Famesp. Segundo o secretário municipal de Saúde, os equipamentos serão utilizados no Hospital das Clínicas de Bauru.

Transformação do PS pressiona o atendimento nas UPAs da cidade

Para que o 'mini hospital' fosse montado, houve necessidade de transferir outros atendimentos antes realizados pelo PS Central (na unidade, só ficaram os casos de Covid e traumas graves trazidos pelos serviços de emergência). Com isso, o secretário de Saúde aponta que as UPAs da cidade foram pressionadas, registrando aumento médio de até 30% nos atendimentos.

"O que eu gostaria, como secretário, é que não precisássemos disso. Você dá atendimento ao paciente com Covid, mas cria um problema para o paciente que bate o carro, que teve um AVC, uma fratura...", cita Orlando Costa. "A nossa esperança é de que a população tenha mais consciência e não se aglomere. Estamos na fase vermelha, mas acredito que, na semana que vem, iremos para a laranja", completa.



Fonte: JC Net
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