Marcos Antonio Carchedi, coronel da reserva da Polícia Militar, ex-presidente da APAE e figura ativa no Rotary Club, partiu aos 72 anos deixando uma lacuna para quem ainda acredita que serviço público e compaixão podem coexistir.
Carchedi fez carreira em São Paulo, onde nasceu em 1953 e ingressou na respeitada Academia do Barro Branco em 1975, tornando-se oficial do Corpo de Bombeiros em 1980. Mas foi em Marília que sua história realmente se desenhou. Ao lado da esposa Regina Mara, viveu uma vida de dedicação à comunidade, tanto nos bastidores quanto sob os refletores das entidades que dirigiu com firmeza, mas também com ternura.
Nos círculos sociais, era lembrado por presidir a APAE de Marília por dois mandatos, reformando estruturas, modernizando serviços e, principalmente, renovando a esperança de centenas de famílias que convivem com a deficiência intelectual.
Também deixou sua marca no Rotary Club, onde fundou o núcleo “Marília Tradição” e chegou ao posto de governador do Distrito 4510. Sempre com a esposa ao lado, atuou em projetos comunitários de grande impacto. Um casal que levava a filantropia a sério , e não apenas para as fotos de calendário.
Marcos e Regina tiveram dois filhos, entre eles Marcos Jr., que seguiu os passos do pai e também se tornou bombeiro. Hoje, ele vive com a esposa médica na Austrália, onde constroem sua própria história, longe do Brasil, mas carregando o DNA de quem entende que servir é verbo de ação e não de discurso.
Carchedi recebeu o título de Cidadão Mariliense com todos os méritos. Não por tapinha nas costas ou favores de ocasião, mas por três décadas de ações concretas em prol da cidade que escolheu para viver — e, agora, para descansar.
O que fica é o exemplo. Em tempos de vaidade, escândalos e politicagem travestida de bondade, Marcos Carchedi deixa um legado raro: o de quem ajudou quem mais precisava, e não esperava nada em troca.
Descanse em paz, Coronel. Marília te agradece.