Os motoristas decidiram pelo manifestação em reunião realizada na noite de quarta-feira. Segundo Carlos Roberto Bassalobre, a Uber paga R$ 0,84 por quilômetro rodado e cobra de 40% a 42% do valor da corrida do motorista. “Tem corrida que você não ganha nada. Todo custo é nosso, combustível, manutenção do carro. E o Uber e o 99 não reajustaram as corridas. Precisa corrigir a tarifa”, disse.
Na segunda-feira os motoristas vão dar preferência para atender aplicativos locais. Ultimamente os usuários de transporte por aplicativo têm reclamado do constante cancelamento de corridas. Carlos Bassalobre aponta várias situações das empresas de aplicativo que prejudicam os motoristas.
“A Uber tem corridas que aceitamos mas eles não dão o destino final. Só depois que entramos no carro é que vamos saber para onde vamos levar a pessoa. O cancelamento se deve a distância, por não saber onde o passageiro vai. É um trabalho escravo”, lamentou.
João Vitor do Amaral, também atende os aplicativos Uber e 99 e afirma que ficou difícil trabalhar sem correção no valor das tarifas. “O preço da gasolina aumenta e os reajustes para nós motoristas não aumenta. A Uber está descontando bastante das nossas taxas”, reclamou. Os motoristas de aplicativos irão decidir se irão se concentrar em frente ao supermercado Amigão ou em frente a Prefeitura.
DESISTÊNCIA
A alta no preço dos combustíveis vem provocando a desistência de milhares de motoristas que trabalhar com transporte por aplicativo. Segundo a Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), que representa até 62 mil profissionais, as tarifas não são reajustadas desde 2015.
A associação informou que 25% dos motoristas de aplicativo deixaram de trabalhar para a plataforma desde o início de 2020. De acordo com o representante da categoria, esse número foi colhido a partir de uma base de dados da prefeitura de São Paulo. A base tinha 120 mil motoristas cadastrados no início de 2020 e hoje tem 90 mil.
Fonte:JM