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06/02/2021

Mulher com Síndrome de Noé acumula gatos que vivem em situação precária em Assis

A veterinária Thaís Neves, moradora de Jundiaí, procurou o Portal AssisCity para pedir ajuda a uma mulher que mora em Assis, a da Dona Fátima, que sofre da Síndrome de Noé, que é o acúmulo de animais domésticos, e possui 34 gatos dentro de casa.

Dona Fátima mora na Vila Central, em Assis, em uma casa simples junto de sua filha. A veterinária a conhece há bastante tempo e tem tentado ajudá-la a manter o controle dos animais.

"Ela morava aqui em Jundiaí e quando se mudou para Assis cuidava apenas de seis gatos, mas com o passar do tempo as fêmeas foram cruzando e ela chegou a ter 50 gatos em casa, a situação ficou fora do controle", explicou Thaís.

Divulgação - Ao todo Fátima possui 34 gatos, sendo que algumas fêmeas estão prenhas
Ao todo Fátima possui 34 gatos, sendo que algumas fêmeas estão prenhas


A mulher entrou em contato com veterinários de Assis e até o momento conseguiu castrar quatro gatinhas. "Além disso, eu também mantive contato com algumas casas de rações e soube que não há na cidade campanha de castração já há algum tempo. Programa de castração é importante, não só em casos de animais como os da Dona Fátima, mas também de animais que estão na rua", falou a veterinária.

Thaís está promovendo uma vakinha online para ajudar nas castrações e pagou uma pessoa para colocar uma tela de divisão separando os machos das fêmeas. "Estou fazendo de tudo para ajudar a Dona Fátima, pois sei que está sendo difícil para ela, mas acredito que o amor já virou uma obsessão e ela não tem mais controle da situação, já virou doença", diz a veterinária.

Divulgação - Thaís mandou colocar grades para separar os machos das fêmeas para evitar que mais gatinhos nasçam
Thaís mandou colocar grades para separar os machos das fêmeas para evitar que mais gatinhos nasçam


Síndrome de Noé

Conhecida como Síndrome de Noé, as pessoas que sofrem dessa doença acumulam grande quantidade de animais domésticos em sua casa, mesmo sem condições de cuidar deles. De acordo com a veterinária, as pessoas recolhem animais de ruas na intenção de salvá-los, mas muitas vezes as condições de renda e espaço prejudicam ainda mais a situação.

"Esse problema é caracterizado por desordem mental. O acumulador não reconhece o problema e tem dificuldade de entender que os animais estão sofrendo, assim como a própria pessoa na maioria das vezes, que vivem em situação precária de higiene e financeiras e não conseguem suprir as necessidades básicas de bem-estar animal, como alimentação, higiene e saúde", explica Thaís.

Divulgação - A casa de Fátima está situação precária de limpeza e higiene
A casa de Fátima está situação precária de limpeza e higiene


Muitas vezes doenças bacterianas, virais, fúngicas e até infestação por parasitas prejudicam ainda mais a saúde desses animais e do tutor, pois algumas são zoonoses. Ainda de acordo com Thaís, frequentemente essas pessoas sofrem com processos judiciais por maus tratos e pode agravar ainda mais a saúde mental dessas pessoas. Com isso elas se isolam e se sentem incomodadas quando recebem visitas.

"A intervenção correta dos órgãos públicos é de extrema importância para o município e para o país, visto que no Brasil segundo o IBGE a população de cães é de 54 milhões e de gatos 24 milhões, e a tendência para os próximos anos é aumentar ainda mais", destacou a veterinária.

Divulgação - Pessoas que sofrem da Síndrome de Noé não conseguem manter bom-estar dos animais nem o próprio
Pessoas que sofrem da Síndrome de Noé não conseguem manter bom-estar dos animais nem o próprio


As pessoas que sofrem desse distúrbio devem receber apoio psicológico para conseguir entender e reconhecer o problema e consequentemente aceitar ajuda para resolvê-lo. "Como é o caso da Fátima, estive em Assis na casa dela, para explicar o que está acontecendo e por isso estou de longe organizando essas ações para salvar os bichinhos que ela tanto ama e também a vida dela", finaliza Thaís.

Vakinha e adoção

Até o momento dois gatinhos foram doados, mas algumas fêmeas estão prenhas e provavelmente a quantidade de gatos aumentará nos próximos meses, por isso Thaís pede a colaboração da população para ajudar na causa.

Divulgação - Gatos estão disponíveis para doação e está sendo feita uma vakinha online para ajudar na castração das fêmeas
Gatos estão disponíveis para doação e está sendo feita uma vakinha online para ajudar na castração das fêmeas


Para fazer sua doação e ajudar na campanha de castração basta clicar aqui e acessar o link da Vakinha Online para doar a quantia que puder e ajudar esses bichinhos a terem uma qualidade de vida melhor.


Fonte: AssisCity
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