Uma munícipe de Ourinhos, que pediu para não ter a sua identidade divulgada, fez um relato sério sobre o atendimento médico recebido, tanto na UPA (unidade de Pronto Atendimento), como no hospital de campanha Covid-19, onde ela ficou por 18 dias em tratamento contra o vírus. Da experiência ela adquiriu um grande trauma, que talvez ela nunca supere. Mas como parte dessa superação, ela resolveu gravar um áudio de desabafo, contando um pouco da experiência (confira o áudio acima).
Hoje ela ainda se recupera da Covid-19 em casa, mas faz o alerta, para que pessoas não passem o que ela passou. De acordo com a mulher, o maior trauma foi proporcionado pelo atendimento de uma médica no hospital “Covid-19”, no Grande Hotel, que, ao invés de cuidar dos pacientes, teria causado mais pânico e temor, em um momento de muito sofrimento e medo. Com falta de ar, a médica teria a forçado colocar uma máscara de VNI, que é um suporte que melhora os níveis de oxigenação e diminui o desconforto respiratório, evitando, dessa forma, a necessidade de intubação (veja a foto abaixo). Porém a médica teria falado de maneira áspera e desumana com a mulher, mostrando pacientes intubados e falando que, pelo menos dois pacientes que usaram os capacetes Elmos teriam falecido no hospital.
Outro problema apontado é a falta de profissionais para acompanhar os pacientes ao banheiro, que muitas vezes fazem as necessidades em suas vestes. Na UPA a mulher disse que o caos é completo, onde os pacientes ficam praticamente “jogados” em uma cadeira velha e sem poder se comunicar com familiares, pois têm os seus celulares retirados.
Este áudio serve apenas como uma denúncia, afim de melhorar o atendimento nestas duas unidades hospitalares de Ourinhos e esperamos que os nossos gestores tomem as devidas providências. O Passando a Régua fica à disposição de todos.

Máscara VNI usada no hopsital Covid-19 em pacientes com falta de ar (Foto: Reprodução)