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16/03/2021

Município tem a semana com mais mortes notificadas pela prefeitura

Bauru teve, entre 8 e 14 de março, a semana com maior número de mortes divulgadas pela prefeitura desde que a pandemia da Covid-19 teve início, com registro de 28 óbitos em decorrência da doença, o que equivale a uma média móvel de 4 vítimas fatais por dia. Desde abril de 2020, quando o novo coronavírus começou a matar as primeiras pessoas na cidade, a semana mais crítica de letalidade (com base nas notificações do município) havia sido atingida em agosto, entre os dias 10 e 16 daquele mês, quando 24 vidas foram perdidas, ou uma média de 3,43 de óbitos diários.

Até o momento, agosto segue sendo o mês com maior número de notificações de mortes por Covid-19 em Bauru: foram 67 em 31 dias. Já março de 2021, acumula 54 óbitos registrados em 15 dias, contabilizando as 11 vítimas oficializadas nesta segunda-feira (15) (leia mais na página ao lado), que ainda não estão incluídas no cálculo da média móvel feito pelo JC.

Ainda de acordo com dados extraídos dos boletins divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal, das 28 pessoas que perderam a batalha contra o novo coronavírus confirmadas na semana de 8 a 14 de março, sete tinham idades entre 17 e 51 anos, 14 entre 60 e 79 anos e sete acima de 80 anos. Já nesta segunda-feira, dos 11 pacientes que morreram, quase metade era de pessoas com idade mais baixa: cinco tinham entre 48 e 59 anos, quatro entre 63 e 75 anos e dois acima de 80 anos.

Os boletins epidemiológicos também revelam que a média de casos notificados de Covid-19 voltou a aumentar. Na primeira semana de março, a média era de 106 registros, que saltaram para 160 nesta segunda semana. Esta é uma média maior do que as contabilizadas nas semanas de fevereiro e próxima às alcançadas no fim de janeiro, que foram atribuídas pelas autoridades de saúde às aglomerações das festas de Natal e Réveillon.

VARIANTE

Agora, o alto número de casos e mortes pode estar associado, entre outros motivos, à circulação - já confirmada - em Bauru da variante de Manaus do vírus, a P1. Estudos como os realizados pela Fundação Oswaldo Cruz e USP, por exemplo, sugerem que esta nova linhagem é, de fato, mais transmissível.

Outro fator que autoridades e pesquisadores apontam como decisivo para a manutenção da transmissão em níveis elevados é o contato entre as pessoas. E a taxa de isolamento social em Bauru segue abaixo da média do Estado, com índices variando entre 36% e 38% de segunda a sexta e chegando a 48% e 49% aos domingos. Já no Estado, a taxa tem oscilado entre 42% e 43% durante a semana, alcançando 50% a 51% nos domingos. A média ideal, em qualquer dia, é de ao menos 60%.

Também é crucial para a superação da pandemia a vacinação da maioria da população. Nos municípios do Estado, incluindo Bauru, além dos profissionais de saúde, apenas os idosos a partir de 85 anos já estão recebendo a segunda dose.

Os que têm 75 ou mais ainda estão recebendo a primeira dose.

 

Em 14 dias, 11 pessoas morreram à espera de leitos de UTI

Em 14 dias, 11 moradores de Bauru com confirmação de Covid-19 morreram à espera de vaga hospitalar de UTI. Conforme consta no boletim epidemiológico da prefeitura, estes pacientes estavam em 'serviços públicos' de saúde, que o JC revelou em primeira mão, na semana passada, se tratarem do 'mini hospital' e de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Dos 11 óbitos, sete eram de pessoas mais jovens, entre 35 e 54 anos. Outros dois tinham 69 anos e dois tinham 80 anos e 96 anos. As mortes foram registradas entre os dias 27 de fevereiro e 12 de março.

Ao Jornal da Cidade, o Departamento de Urgência e Unidades de Pronto Atendimento (Duupa) da Secretaria Municipal de Saúde já havia destacado que, em nenhum dos casos, há falta de assistência aos pacientes.

O 'mini hospital', por exemplo, conta com suporte ventilatório, tomografia e medicações para estabilizar o paciente. Porém, não dispõe da estrutura complexa de um hospital, como equipamentos para hemodiálise e ecocardiograma, bem como médico neurologista ou cardiologista para monitorar complicações da Covid-19.

Vale lembrar que, há 20 dias, a UTI Covid do Hospital Estadual está com, no mínimo, 100% de lotação, sendo os últimos 12 dias acima deste limite. Há 31 dias, a taxa de ocupação é de 98% ou mais.



Fonte: JC Net
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