A depressão é uma doença que afeta mais de 320 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitos sequer sabem que possuem o problema. Desde o ano passado, a pandemia da Covid-19 acentuou esses sintomas em muita gente. O isolamento social, somado a crises econômicas e desemprego, além da própria ansiedade em relação à contaminação, são alguns fatores que colocam à prova nosso bem-estar psicológico.
De março do ano passado para cá, estudos mostram um forte aumento nos índices de depressão. O tipo da doença que impacta a maioria dos pacientes é a unipolar, também conhecida como transtorno depressivo maior. A causa mais comum é de cunho genético, mas também pode ser provocada por perdas, estresse e até problemas neurológicos, segundo reportagem da BBC, reproduzida no site G1.
Mas existem classes diferentes de depressão. De acordo com a psiquiatra Ana Paula Carvalho, coordenadora da Liga de Depressão do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), há três tipos menos conhecidos e comuns na população: depressão psicótica, distima e bipolar.
"No caso dessas doenças, muitas vezes o diagnóstico deixa de ser feito pelo próprio psiquiatra ao longo dos anos, passando despercebido e sem uma avaliação criteriosa. Na depressão bipolar, por exemplo, a descoberta pode levar mais de dez anos, dificultando o tratamento", afirma a psiquiatra, que explica, acima, os tipos da doença.