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Diagnosticada com lúpus em abril de 2020, uma funcionária pública de 38 anos, que pediu para ter a identidade preservada, começou a usar hidroxicloroquina - medicamento que foi prescrito por parte dos médicos para o tratamento do novo coronavírus - para combater a doença. Porém, a paciente diz não conseguir retirar a substância da Farmácia de Medicamentos Especializados (FME), órgão vinculado ao Hospital Estadual de Bauru (HEB), desde o último dia 22. Segundo o governo estadual, uma nova entrega está prevista para a próxima semana.
Ainda de acordo com a funcionária pública, com a pandemia, a farmácia não possuía o medicamento em estoque. "Sorte que eu tinha sete comprimidos, que deixei de tomar durante um período em que fiquei internada por causa do tratamento contra um câncer no colo do útero", complementa.
Logo, a cloroquina acabou na última terça-feira (2), quando ela não teve outra alternativa a não ser comprá-la. "Eu adquiri duas caixas com seis comprimidos cada e desembolsei cerca de R$ 35,00. Como gasto bastante com o tratamento contra o câncer, tal valor faz a diferença", explica.
A paciente se diz indignada com a situação. "O governo federal está estocando o medicamento e eu preciso comprar?", questiona.
OUTRO LADO
Em nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informa que a funcionária pública retirou a hidroxicloroquina no mês passado e a nova entrega está prevista para a semana que vem. "A paciente será contatada e orientada quanto à retirada", acrescenta o governo estadual.
A reportagem também acionou a assessoria do Ministério da Saúde, uma vez que a funcionária pública registrou uma queixa junto à Ouvidoria do órgão. A instituição não retornou até o fechamento desta edição.
