Denúncias recentes revelam o descaso no Pronto Atendimento (PA) da Zona Sul, onde pacientes enfrentam superlotação, demora no atendimento e total falta de estrutura para receber a população que precisa de cuidados urgentes.
Um caso que revoltou a comunidade foi o de um senhor idoso que, sem cadeiras disponíveis para sentar e sem um leito adequado para ser atendido, precisou se deitar no chão da unidade. A situação foi registrada por familiares e divulgada nas redes sociais, gerando grande repercussão e indignação entre os moradores.
A falta de cadeiras e leitos não é o único problema. Segundo relatos de pacientes e acompanhantes, há uma grande demora no atendimento e escassez de profissionais de saúde. "Minha mãe, de 88 anos, ficou mais de duas horas esperando por um soro com analgésico. Quando perguntei a uma médica se poderia ajudar, ela simplesmente respondeu ‘Não posso’ e seguiu adiante", relatou uma moradora.
A crise na saúde pública de Marília se agrava no momento em que a cidade enfrenta uma epidemia de dengue, tornando ainda mais urgente a necessidade de um atendimento ágil e humanizado. Pacientes que chegam ao PA em estado febril ou com dores intensas relatam esperar por horas até conseguirem um atendimento adequado.
Moradores cobram da prefeitura medidas emergenciais para a melhoria da infraestrutura do PA Sul, como a disponibilização de mais cadeiras, leitos e a contratação de novos profissionais. "Se não há verba para reformas, que ao menos providenciem cadeiras para que as pessoas não precisem ficar jogadas no chão enquanto esperam por atendimento", desabafou um dos denunciantes.
A prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas a população segue cobrando soluções para o que já se tornou um problema recorrente e insustentável na cidade. Até quando os cidadãos de Marília terão que enfrentar essa situação desumana para ter acesso à saúde?