A morte precoce da publicitária Thayná Rodrigues de Oliveira, de 30 anos, em Marília (SP), mobilizou o pai da jovem em uma campanha de conscientização sobre os riscos de doenças respiratórias negligenciadas. A ação ganhou força nas redes sociais com a frase: “Não deixe a tosse matar você.”
Thayná, mãe atípica de Rafael, de 8 anos, era reconhecida por seu trabalho e engajamento na causa do autismo. Segundo o pai, Júlio Rodrigues, a filha apresentou um quadro respiratório grave, precisou de internação, mas não resistiu.
A tragédia pessoal impulsionou Júlio a criar uma campanha para alertar outras famílias. “Essa noite, minha filha me transmitiu na consciência a seguinte frase: ‘Não deixe a tosse matar você’. Me ajudem compartilhando”, escreveu ele em uma publicação acompanhada de uma foto da filha com um violino.
O alerta se concentra em tosses persistentes, que muitas vezes são confundidas com resfriados comuns ou crises de ansiedade. “A tosse que não passa não é um resfriado ou uma crise de ansiedade. É um sinal do seu corpo pedindo ajuda”, diz um dos materiais de divulgação.
A repercussão da campanha também trouxe mensagens de fé e resignação por parte do pai. Em um trecho comovente, ele escreveu: “Você é meu orgulho, sem choradeira, só gratidão a Deus por me deixar conhecer você.”
Além da dor, Júlio deixa um recado direto: “Se você acha que pode tudo, o dia que entrar em uma sala e ver seu filho num caixão, vai saber que não pode nada. Ou seja, não somos nada.”
A campanha busca transformar o luto em alerta e pode contribuir para evitar que sinais como a tosse persistente sejam ignorados. Em casos semelhantes, doenças como pneumonia ou tuberculose, por exemplo, podem se manifestar inicialmente com sintomas leves.