Temendo uma explosão de casos de dengue e a consequente sobrecarga da rede pública de saúde, que já sofre com a pandemia do novo coronavírus, a Prefeitura de Bauru segue com ações intensificadas contra o Aedes aegypti. Entre os dias 22 de fevereiro e 5 de março, haverá um mutirão com caminhões recolhendo objetos que podem acumular água na região Noroeste, formada por bairros como Jardim Bela Vista, Jardim Petrópolis, Parque Jaraguá, Fortunato Rocha Lima, Parque Santa Edwirges, Vila Nova Esperança e Vila Dutra, que costumam ter maior concentração do mosquito.
Conforme o JC noticiou, no mês passado, já foi realizada uma ação ampliada com visitas de agentes casa a casa na região Norte do município e que encontrou uma média de um criadouro a cada três locais vistoriados.
Agora, haverá um mutirão na região Noroeste. Serão utilizados três caminhões da prefeitura e três da Unimed Bauru - parceira da ação -, que deverão recolher das residências possíveis criadouros do Aedes, como móveis, pneus etc.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Saúde e vice-prefeito, Orlando Costa Dias, cada veículo contará com três agentes da saúde municipal, que levarão esses objetos inservíveis e também orientarão a população quanto aos cuidados para evitar água parada.
O mutirão ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h. Na segunda etapa da campanha de combate à dengue, o secretário diz que equipes pretendem realizar a vistoria casa a casa, que, assim como outras ações neste sentido, será detalhada em uma coletiva de imprensa na próxima semana.
PREOCUPAÇÃO
Orlando Costa Dias revela que a preocupação do município com a dengue ganhou ainda mais força após a iniciativa do começo deste ano, que encontrou vários criadouros na região Norte. "Se nada for feito, existem grandes chances de haver uma infestação entre abril e maio", complementa.
O secretário explica, ainda, que a epidemia de dengue se manifesta um ano sim e outro não, e a previsão é de que o fenômeno ocorra em 2021, conforme o JC antecipou na edição do dia 27 de outubro do ano passado. Para se ter ideia, em 2020, o município contabilizou 795 casos da doença, sem nenhum óbito. Em 2019, por sua vez, houve 26.250 ocorrências e 42 mortes, na pior epidemia da história do município.
Além disso, Costa Dias ressalta que alguns sintomas da dengue são semelhantes aos da Covid-19, como febre e dor muscular. "A demanda pode sobrecarregar as unidades de saúde, já penalizadas com a pandemia do novo coronavírus", acrescenta.
Por este motivo, de acordo com o secretário, a pasta decidiu intensificar as ações contra a dengue. "Nós também contaremos com a mídia local para nos ajudar a conscientizar a população a limpar os seus quintais e, assim, eliminar os possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença", frisa.
A Ouvidoria, que funciona diariamente, das 8h à meia-noite, também recebe denúncias envolvendo criadouros do Aedes. Para tanto, basta entrar em contato através do telefone (14) 3235-1156.