Pela 1.ª vez, Emdurb convoca famílias em massa para fazer reparos de jazigos

A Emdurb realizou uma convocação em massa de famílias que possuem jazigos em estado de abandono ou em ruínas nos quatro cemitérios municipais de Bauru. A empresa municipal afirma que esta é a primeira vez que algo assim é feito. Além disso, também estuda a construção de jazigos complementares, devido ao aumento nos pedidos por funerais assistenciais durante a pandemia.

Ao todo, a publicação no Diário Oficial do Município, feita no dia 10 deste mês, convocou 267 famílias para que fizessem reparos e manutenções necessárias. Embora informe que esta seja a primeira vez que faz este tipo de convocação, a Emdurb garante que efetuará vistorias periódicas e, anualmente, notificações necessárias para que os jazigos sejam mantidos em bom estado.

Os espaços nos cemitérios municipais são uma concessão de uso da prefeitura, que pode ser revogada mediante processo de retomada, caso não sejam cumpridas medidas como a de conservação. A Emdurb complementa que o abandono dos túmulos afeta os usuários das necrópoles, os prestadores de serviço e as construções vizinhas.

Considerando os avisos de recebimento emitidos após a convocação, a Emdurb estima que 60% dos notificados compareceram para realizar a manutenção necessária para preservação de sua concessão. O cemitério com mais problemas identificados foi o Redentor, que tinha o maior número de casos em abandono ou ruína. Os reparos, em todos os cemitérios, vão de consertos de pequena monta até obras estruturais.

PANDEMIA

Como gestora dos cemitérios, a Emdurb também é responsável pelos sepultamentos assistenciais, para atender famílias que não possuem concessão e não têm condições financeiras de arcar com a aquisição de áreas em necrópoles particulares.

No período da pandemia, o número de pedidos pelo atendimento assistencial aumentou significativamente, diz a empresa municipal. No início de 2021, foram construídos 116 jazigos para atender o crescimento natural do serviço, mas a Emdurb informou que, diante dos dados coletados em abril e maio, iniciou avaliação para construção de unidades suplementares, para evitar a indisponibilidade a quem necessita da assistência.

Após a análise socioeconômica, o benefício gratuito do sepultamento assistencial é concedido pelo período de 3 anos. A avaliação para concessão da assistência é feita pelas unidades do Cras de referência, durante a semana, e pela assistente social da unidade de saúde, aos finais de semana.